No dia 28 de Maio de 1975, forças do COPCON (Comando Operacional do Continente) comandadas por Otelo Saraiva de Carvalho, mas cumprindo ordens do social-fascista Barreirinhas Cunhal, na altura chefe do PCP, invadiram várias sedes do MRPP (Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado), incluindo a sede nacional na Avenida Álvares Cabral (que liga o Largo do Rato á Estrela), em Lisboa, e prenderam cerca de 400 militantes daquela força politica que se encontravam a fazer trabalho politico em diversos locais.
Ao contrário daquilo que viria a fazer Otelo, uns anos depois (ironias do destino?), os militantes do MRPP não faziam terrorismo. Não assaltavam bancos. Não eliminavam pessoas fisicamente. A sua luta era outra. Era a luta das ideias.
O MRPP tinha uma forte implantação na juventude, particularmente na estudante, que enfrentava e assustava o PCP que queria instalar em Portugal um "paraíso" modelo soviético.
Eu tinha 17 anos, e fui um dos detidos. Estava a cometer o grave crime de colaborar na feitura da secção cultural do "Luta Popular", o jornal do Movimento.
Já lá vão 35 anos, mas não consigo esquecer tamanha barbaridade.
Quando vejo dirigentes do PCP na televisão a falarem em falta de liberdade, fico com uma raiva a esses c......
Acontecimentos ocorridos no mesmo dia (28 de Maio de 1975), que ajudam a perceber o ataque ao MRPP:
- Manifestação de apoio ao MFA convocada pelo PCP, MDP e Intersindical, com discurso gratulatório de Costa Gomes (homem do PCP).
- Brigadeiro Vasco Gonçalves (homem do PCP) é promovido a general.
- Brigadeiro Otelo Saraiva de Carvalho (na altura leal ao PCP) é graduado no posto de general.
- Capitão Vasco Lourenço (homem do sector moderado, não alinhado ao PCP), porta-voz do Conselho da Revolução, assegura que o «processo revolucionário em curso não é propriedade de nenhum partido político».
- Brigadeiro Vasco Gonçalves (homem do PCP) é promovido a general.
- Brigadeiro Otelo Saraiva de Carvalho (na altura leal ao PCP) é graduado no posto de general.
- Capitão Vasco Lourenço (homem do sector moderado, não alinhado ao PCP), porta-voz do Conselho da Revolução, assegura que o «processo revolucionário em curso não é propriedade de nenhum partido político».
Paz à sua alma...
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