Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

terça-feira, 11 de maio de 2010

Joana Come o Papa...




Come o papa,
meninos come o papa
Come o papa,
meninos come o papa,
meninos come o papa

Um, dois, três,
um menino de cada vez
Quatro, cinco, seis,
presidentes e reis
Vão ao beija-mão do papa

REFRÃO

Sete, oito, nove,
ainda nada se resolve
Dez, onze, doze,
à espera que a mosca pouse
nesta água benta podre

REFRÃO

Treze, catorze e meia,
a coisa está mesmo feia
Dezasseis, dezassete,
cuidado com o cacetete
quando aí vier o papa

REFRÃO

Afinal
não eram os comunistas
Que comiam
criancinhas ao almoço
quem comia era o papa

REFRÃO

pelos vistos
também temos os bispos
e às grades
não confessam os padres
nem uma palavra do papa

REFRÃO

vou pra rua
chamar a Joana
come o papa
Joana come o papa
há mais vida sem o papa

(Letra do Miguel Castro Caldas)

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Post de Rui Rebelo

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.