Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Israel imita Adolf Hitler...

Israel atacou uma frota de ajuda humanitária que tinha Gaza como destino. Último balanço indica 19 mortos. A ONU diz estar chocada e vários países classificam o ataque como "inaceitável” e "desproporcionado”. EUA também condenam a "tragédia".





"Estou chocada com as informações de que uma missão humanitária foi atacada esta manhã, causando mortos e feridos, quando a frota se aproximava da costa de Gaza", declarou Navi Pillay, alta comissária das Nações Unidas para os Direitos do Homem, numa reunião plenária em Genebra.

Antes, a alta comissária da ONU já tinha sublinhado que "o bloqueio da Faixa de Gaza continua a afectar diariamente os direitos humanos". Condenando "uma vez mais" os tiros palestinianos contra Israel a partir de Gaza, Navi Pillay salientou que "os aumentos marginais de bens autorizados recentemente a entrar em Gaza são, de longe, insuficientes para permitir à população ter uma vida normal e digna".

Perante o Conselho dos Direitos do Homem, o diplomata paquistanês Marghoob Saleem exprimiu, em nome da Organização da Conferência Islâmica (OCI), a "condenação firme ao ataque israelita". "É mais um exemplo do desprezo de Israel pelas regras do direito internacional", declarou, exigindo que as autoridades israelitas "tomem medidas contra os responsáveis deste ataque e destas mortes".

Também o representante da Arábia Saudita afirmou que a operação da armada israelita é uma “violação grave do direito internacional".

A chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, exigiu a Israel “um inquérito completo às circunstâncias” do ataque. Os embaixadores dos 27 Estados-membros da UE vão analisar o ataque de Israel numa reunião extraordinária hoje, segunda-feira, em Bruxelas.

Os 22 países árabes da Liga Árabe vão reunir-se amanhã, terça-feira, no Cairo para assumir "uma posição colectiva" após o ataque israelita contra uma frota de ajuda humanitária.

A Autoridade Palestiniana qualificou o ataque de "massacre", decretou três dias de luto nos territórios palestinianos e exigiu uma intervenção de urgência da administração norte-americana para por fim aos "crimes israelitas".

O líder do governo Hamas em Gaza, Ismaïl Haniyeh, apelou aos árabes e muçulmanos "a manifestarem-se junto às embaixadas" de Israel no mundo inteiro e aos palestinianos para fazerem greve na Cisjordânia.

Mais de duas mil pessoas já se manifestaram hoje, segunda-feira, em Amã, na Jordânia, e centenas de pessoas protestaram igualmente junto de edifícios diplomáticos israelitas em Istambul e Ancara, na Turquia.

O Irão pediu à comunidade internacional que corte relações com Israel. "O mínimo que a comunidade internacional pode fazer perante este crime horrível do regime sionista é um bloqueio total e o corte diplomático, económico e político das relações" com Israel, declarou o ministro iraniano da defesa, Ahmad Vahid, segundo a agência noticiosa ILNA.

O primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri, condenou esta "atitude perigosa e insensata que vai exaltar as tensões na região" e apelou à comunidade internacional "a tomar medidas".

Na Europa as condenações sucedem-se: é “completamente inaceitável” para a Suécia, “totalmente desproporcionado” e “grave e preocupante” para Espanha e “uma resposta totalmente inaceitável” a uma missão humanitária, segundo a Irlanda.

Alemanha, Bélgica e Itália reagiram no mesmo sentido, lamentando a morte de civis. “Nada justifica o uso desta violência”, declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros de França, Bernard Kouchner, dizendo estar “profundamente chocado”.

A Grécia suspendeu de imediato um exercício conjunto que tinha em curso com Israel em Creta.

"Os Estados Unidos lamentam profundamente a perda de vidas humanas e a existência de feridos e estão a trabalhar para esclarecer as circunstâncias que envolvem esta tragédia", indicou um porta-voz da Casa Branca, William Burton, já a meio da tarde.

A "Frota da Liberdade", que transportava ajuda humanitária para a Faixa de Gaza e foi atacada por Israel, incluía 750 pessoas de 60 nacionalidades.

Pelo menos 19 pessoas morreram e 36 ficaram feridas, de acordo com o último balanço divulgado pela televisão israelita.

Texto in JN online, 31-5-2010

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.