Um navio da associação ambientalista “Sea Shepherd” chocou com um barco baleeiro japonês, na Antártida. O incidente ocorreu durante um conflito entre os defensores das baleias e os pescadores nipónicos. Veja o vídeo no final do texto.
Ninguém ficou ferido na colisão, apenas a popa de um dos navios sofreu alguns danos. "Estamos num tenso confronto há vários dias", disse Paul Watson, capitão do barco Steve Irwin, da “Sea Shepherd”. "Iamos impedir a transferência de uma baleia morta para a proa do barco baleeiro”, disse o ambientalista.
"Não podia virar a estibordo sem bater no Yushin Maru 1(navio baleeiro). Tentei descer, mas o movimento do Yushin Maru 2, ao tentar bloquear-nos, tornou a colisão invevitável”, explicou Paul Watson. Acrescentou, ainda, que o barco japonês sofreu danos menores.
As autoridades japonesas foram rápidas e já reclamaram da atitude dos ambientalistas. O Instituto de Investigação de Cetáceos(ICR), atribiu a responsabilidade à “Sea Shepherd” pelo choque. O Steve Irwin "colocou-se à retaguarda do Yushin Maru 2" sendo impossível não colidirem, argumentou o ICR.
"Embora ninguém tivesse ficado ferido, as consequências poderiam ter sido muito piores, até mesmo fatais", disse o chefe do ICR, Minoru Morimoto.
Toshinori Uoya, representante da Agência das Pescas, também denunciou as acções do ambientalistas, afirmando que o acto pode ser comsiderado "ilegal" e "imperdoável".
Além disso, trata-se de “um acto muito perigoso”, de acordo com as regras da Comissão Baleeira Internacional(CBI). “O Governo japonês está a levar a cabo investigação”.
Uoya alegou, também, que a “Sea Shepherd” nos últimos cinco anos tem vindo a importunar os baleeiros japoneses nas temporadas anuais de pesca, na Antártida. "Estão, obviamente, irritados por causa do dinheiro que perderam e foram aconselhados a fazer de tudo para nos impedir de capturar baleias", acrescentou.
No início desta semana, a organização ambiental “Sea Shepherd” indicou que dois dos seus militantes haviam sido feridos por um jacto de água a alta pressão e por uma bola metálica lançada dos baleeiros.
A CBI, em 1986, impôs uma moratória que proíbe o comércio de baleias, mas permite, em função de quotas específicas, a caça para fins científicos. Extensiva ao Japão e aos povos indígenas (Sibéria, Alasca, Groenlândia).
in JN online, 06-02-2009
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