Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Estreia, hoje ás 20h, no National Geographic Television: "O Paraíso Perdido de África"...

O Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, é o personagem principal do mais recente documentário produzido pela National Geographic Television. A estreia está marcada para dia 7 de Fevereiro.





O Paraíso Perdido de África tem estreia marcada para este domingo.

“Nós, americanos, amamos a National Geographic e todos sonhamos fazer parte, um dia, de uma das suas equipas de filmagens. Partir à aventura”, dizia Greg Carr, presidente da Fundação Carr, filantropo e principal motor do projecto de reabilitação do Parque Nacional da Gorongosa, durante a apresentação em Lisboa do mais recente documentário produzido pela National Geographic Television. “E quando eles chegaram à Gorongosa foi um sonho que se tornou realidade”, rematou com um sorriso de satisfação.

“Africa’s Lost Eden”, ou “O Paraíso Perdido de África”, teve um longo período de produção: dois anos no total, 100 horas de filme e cerca de um ano em trabalhos de edição. O resultado tem estreia marcada para dia 7 de Fevereiro (20h00), no canal da National Geographic e não desilude – abre, antes, o apetite (e vai abrir também o Environmental Film Festival que se realiza entre 16 e 28 de Março Washington DC). Ao longo dos quase 60 minutos de documentário, impressionam as paisagens e o regresso dos animais selvagens, mas sobretudo o esforço e dedicação investidos neste projecto de recuperação de um dos parques africanos que já foi considerado um dos melhores de todo o continente e que a guerra civil moçambicana quase destruiu.

“Existem 900 parques nacionais em toda a África e é também em África que está um terço de toda a biodiversidade do planeta”, explicou Greg Carr. “Todos estes parques estão em perigo.” Ou seja, o sucesso do projecto Gorongosa “pode ser o sinal de esperança de que as pessoas precisam para acreditarem que é possível” recuperar estes tesouros naturais de forma sustentada - não apenas a favor da fauna e da flora, mas, mais importante do que isso, a favor das populações locais. “Precisamos ajudar as pessoas a sair da pobreza”, explicava Carr em Lisboa, justificando o objectivo com um argumento simples e definitivo: “Porque gostamos delas e essa é, na verdade, a razão principal” – neste caso, o que acontece na Gorongosa tem o poder de influenciar a vida de cerca de 200 mil pessoas das comunidades rurais nos distritos em volta. E a par da revitalização da fauna e da flora do parque, avançam também projectos na área da saúde e da educação.

A chave para um parque económicamente viável e capaz de se auto-sustentar será o turismo. No Chitengo já se recebem turistas para pernoitar com qualidade de 5 estrelas, mas o projecto vai ainda no adro. Para recuperar esta área protegida de 3.970 km2, a Fundação Carr e o governo de Moçambique selaram um acordo de 20 anos. Contas feitas, o filantropo norte-americano estima investir um total de 40 milhões de dólares para fazer renascer a Gorongosa, contando com a contribuição de outros doadores, como a Cooperação Portuguesa, por exemplo, que apoia com meio milhão de dólares por ano o novo centro educativo do parque.

“O Paraíso Perdido de África” conta o princípio desta aventura em Moçambique – do sonho aos contra-tempos e às pequenas e grandes conquistas. E serve de convite para começar a pensar em voar rumo aos pés do grande vale do Rift, passar o portão à responsabilidade dos guardas Escova e Pereira e seguir ao vivo o dia-a-dia da nova Gorongosa que promete ser um caso de sucesso africano.


in "i" online, 07-02-2010

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.