Ajuste de contas pode explicar ataque a marido de Sónia Araújo
A Polícia Judiciária não encontrou indícios de explosivos no Jaguar incendiado anteontem, terça-feira, em Gaia, propriedade de Sónia Araújo.
Testemunhas afirmaram ao JN que as chamas deflagraram no Jaguar XKR descapotável segundos depois de um dos ocupantes de "um Audi A3 escuro e de vidros escurecidos" ter atirado um objecto para o automóvel, que estava parado no parque de estacionamento de uma zona habitacional da Rua Engenheiro Adelino Amaro da Costa.
O Audi arrancou a alta velocidade, quase atropelando uma transeunte. Hélder Ribeiro, morador num prédio vizinho, assistiu a tudo. "De seguida ouviu-se um grande estrondo e o prédio até tremeu. As pessoas pensavam que tinha sido um atentado".
Após as primeiras peritagens, a PJ já terá excluído a utilização de explosivos, não tendo igualmente descoberto sinais da utilização de um artefacto incendiário conhecido por "cocktail Molotov". Tudo aponta para que um pano embebido num combustível em chamas tenha causado o fogo. Outra possibilidade é de a lona da capota ter sido regada com um líquido inflamável e depois incendiada. As chamas propagaram-se rapidamente ao Jaguar, que ficou totalmente destruído. Os rebentamentos terão sido originados por componentes do carro.
O carro está registado em nome da empresa Stressend, de que a apresentadora é única sócia, mas era o marido, Vítor Martins, conhecido empresário da cidade, quem habitualmente o conduzia.
Tudo parece indicar, por isso, que tenha sido o marido de Sónia Araújo o alvo da vingança, motivada por um eventual ajuste de contas relacionado com os vários negócios que o empresário mantém na região. Martins foi ouvido ontem pela Polícia Judiciária mas não terá adiantado qualquer explicação para o sucedido.
Conhecidos e amigos de Vítor Martins contactados pelo JN também não compreendem o que aconteceu, mas acreditam que o fogo criminoso não tenha tido como objectivo atingir fisicamente o empresário. "Parece mais ter sido um aviso", referiram.
Quando o incidente aconteceu, cerca das 21.15 horas, Vítor Martins estava no Estádio do Dragão, onde assistia ao jogo F.C.Porto- Sporting. Não viu a goleada até ao fim. Segundo um amigo do lesado, o aviso chegou para o telemóvel do joalheiro Eugénio Campos, de quem tinha apanhado boleia. Aliás, o carro ficou estacionado junto à empresa de Eugénio Campos.
Vítor Martins regressou à Rua Engenheiro Adelino Amaro da Costa pouco depois das 22 horas, mas ali permaneceu pouco tempo, mostrando-se sempre evasivo nos comentários ao caso.
Texto e foto do Jaguar, in JN online, 04-02-2010
Foto de Sónia Araújo in Google
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