«Um dos mortos envolvidos no acidente da aeronave em Montemor-o-Novo é José Inácio da Costa Martins, capitão de Abril, disse hoje à Lusa fonte da GNR de Évora.
Além de Costa Martins, 72 anos e coronel da Força Aérea, o acidente do aparelho provocou ainda a morte a José Alberto Sousa Monteiro, segundo a mesma fonte.
Nascido em Messines, Silves, em 1938, Costa Martins participou no comando das forças que tomaram de assalto o Aeroporto da Portela (Lisboa) e o Aeródromo Base nº1 de Lisboa. António Spínola convidou-o, a 31 de Maio de 1974, a desempenhar as funções de membro do Conselho de Estado, tendo mesmo chegado a Ministro do Trabalho nos governos seguintes.
No sábado à noite, uma aeronave caiu próximo da localidade de Ciborro, concelho de Montemor-o-Novo, numa herdade junto à pista particular de onde levantou voo.
Segundo a GNR, a pista particular é ilegal.
A Polícia Judiciária inspecionou o local do acidente, que está agora a ser alvo de peritagem por elementos do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves, do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação.
De acordo com a GNR, desconhece-se ainda o motivo da queda da aeronave.»
«Um jeitoso, muito jeitoso, capitão de Abril.
Só os mais velhos ainda se recordarão do “Dia do Salário”.
Estávamos em pleno PREC (processo revolucionário em curso!.. para os mais novos) e o então Ministro do Trabalho, Capitão Costa Martins, pôs “todo o mundo” a trabalhar para o seu ministério num dia de descanso.
A colecta rendeu 300.000 contos, dizem uns, para outros só 80.000 contos (em 1975 comprava-se um apartamento de 4 assoalhadas em plena cidade de Lisboa por 800 contos… A quantia de 80.000 contos dava para comprar 100 apartamentos!).
Era então Ministro do Trabalho o capitão de Abril Costa Martins e a “massaroca” desapareceu toda, até hoje, e entretanto também o Sr. Ministro desapareceu indo para terras de Angola, onde parece ter repetido a façanha. Aqui saiu-se mal… chegou mesmo a ser condenado à morte por fuzilamento… foi salvo devido à influência de Ramalho Eanes, Rosa Coutinho, Vasco Lourenço e outros junto de Agostinho Neto!»
in http://aportucalis.wordpress.com/
Nota do Zorate:
Em finais de 1974, tinha eu 16 anos e trabalhava na Fábrica de Malhas Trancão, em Sacavém.
Fui um dos portugueses que participou na jornada "Um dia de salário para a Nação".
Trabalhei um Domingo (se a memória não me falha), e o salário desse dia foi parar (dizem) ás mãos de Costa Martins.
Paz à sua alma...
1 comentário:
O dinheiro não foi propriamente para 'as mãos do Costa Martins'; acabou sim, nos 'fundos' de campanha do PCP.
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