Se os portugueses fossem hoje chamados a votar, voltariam a escolher José Sócrates para primeiro-ministro. De acordo com a sondagem da Universidade Católica, o PS reforçaria a sua posição e conseguiria um resultado próximo da maioria absoluta (41%).
O PS consegue um resultado surpreendente no mais recente Barómetro do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa para o JN, DN, RTP e Antena 1. Os quatro meses de Governo minoritário, as acusações de manipulação da Comunicação Social e medidas de austeridade para controlar o défice não fizeram mossa nem ao partido, nem ao seu líder. Não só o PS se mantém na frente da estimativa de resultados eleitorais, como reforça o seu resultado (41%), quer se faça a comparação com as últimas eleições legislativas (36,5%), quer se compare com a última sondagem da Universidade Católica (38%).
A recuperar terreno está também o PSD (33%): cresce um ponto percentual face à última sondagem e quatro relativamente ao resultado eleitoral de Setembro. Uma conta razoável, se se tiver em conta que os sociais-democratas estão em pleno processo de escolha de líder, mais virados para o debate interno, sem capacidade para falar ao país. Ou então, é apenas a confirmação de que o patamar eleitoral mínimo do PSD andará à volta dos 30%, mesmo que não haja liderança.
CDS-PP capitaliza
A capitalizar o seu dinamismo está, ao contrário, o CDS-PP. De tal forma que deixou de ser o "patinho feio" das sondagens que se transforma em "cisne" eleitoral. Desta vez abre as asas mais cedo e soma 10%, o que significa mais três pontos que no último Barómetro e praticamente a mesma votação das eleições legislativas de Dezembro (10,4%).
O grande "derrotado" desta escolha virtual seria o Bloco de Esquerda, com um resultado a rondar os 6%: metade do que conseguira na última sondagem (12%) e menos quatro pontos do que o que obteve nas legislativas (9,8%).
Pressupondo que a subida dos dois partidos mais à direita (PSD e CDS) se faz à custa de eleitorado que era antes do PS, conclui-se que regressam ao PS muitos dos eleitores descontentes que engordaram os bloquistas (por exemplo, os professores, que a ministra Isabel Alçada conseguiu pacificar).
No caso da CDU tudo se mantém mais ou menos na mesma (6%), apesar de continuar em quebra, que é de apenas um ponto percentual face à última sondagem (7%) e de quase dois relativamente ao resultado eleitoral (7,8%) do ano passado.
Como se pode verificar no quadro de resultados, há diferenças entre a estimativa de resultados eleitorais e as intenções directas de voto. Nestas, para além do BE, também o PS e o PSD registam descidas. A explicação para esta discrepância prende-se com o facto das estimativas serem baseadas apenas nas intenções de voto dos inquiridos que votariam "de certeza", ou seja, 56% dos 1148 inquéritos válidos.
Oposição não serve
Se o Governo é mau, como se explica que o PS seja favorito em eleições? Porque a oposição é ainda pior. Não há margem para dúvidas: 55% dos inquiridos não acredita que um partido de oposição faça melhor que o PS (eram 48% no último Barómetro). Apenas 23% acredita na alternativa (e são cada vez menos, porque em Setembro eram 31%). Entre estes poucos, a maior fatia pende naturalmente para o PSD (42%). Mas é o CDS o único partido de oposição que tem razão para se sentir mais estimado (de 8% para 17%).
Cavaco Silva é referência
À falta de referências partidárias sólidas, quem capitaliza popularidade é Cavaco Silva. Uma óptima notícia em período de pré-campanha para as eleições presidenciais. O presidente da República já era o líder político mais popular, mas reforça esse posicionamento. Destaque também para a capacidade de resistência de José Sócrates. Desceu apenas uma décima.
Governo está cada vez pior
O PS pode ser o preferido dos portugueses em caso de antecipação de eleições, mas, paradoxalmente, a avaliação que os mesmo portugueses fazem do Governo PS é cada vez pior. Já são apenas 28% (36% no ultimo Barómetro) os que consideram que o Governo tem "Bom" desempenho. Ao contrário são cada vez mais os que o consideram "Mau" ou "Muito mau" (64% contra 57% em Setembro passado). E quando se lhes pede uma comparação directa entre o anterior e o actual Governo, são mais do dobro os que acham que é "Pior" (25%) face aos que acham que é "Melhor" (12%). E as perspectivas para o futuro são ainda mais sombrias: 29% acha que a prestação vai piorar.
in JN online, 12-3-2010
Com uma subida de 1,2 pontos face ao mês anterior, o CDS/PP consegue no Barómetro da Eurosondagem para o Expresso, SIC e Rádio Renascença deste mês 14,8% das intenções de voto.
O partido de Paulo Portas destaca-se assim claramente como a terceira maior força política em Portugal, deixando BE (8,8%) e CDU (8,4%) a larga distância.
PS e PSD, as duas maiores forças, mantém a relação de forças. Os socialistas com 36,9% dos votos, descendo 1,2 pontos, e os sociais-democratas com 26,2% da preferência dos portugueses.
No último mês na liderança do PSD, Manuela Ferreira Leite continua assim a não conseguir interverter uma tendência negativa e não aproveita o desgaste político a que têm estado sujeitos José Sócrates e o seu Governo.
Nota: Os valores globais estão entre parêntesis. A projecção resulta do exercício meramente matemático, presumindo que os inquiridos que responderam "NS/NR" (20,5%) se abstém. As setas significam: subiu(seta azul) ou desceu (seta vermelha) em relação à sondagem do mês anterior.
O partido de Paulo Portas destaca-se assim claramente como a terceira maior força política em Portugal, deixando BE (8,8%) e CDU (8,4%) a larga distância.
PS e PSD, as duas maiores forças, mantém a relação de forças. Os socialistas com 36,9% dos votos, descendo 1,2 pontos, e os sociais-democratas com 26,2% da preferência dos portugueses.
No último mês na liderança do PSD, Manuela Ferreira Leite continua assim a não conseguir interverter uma tendência negativa e não aproveita o desgaste político a que têm estado sujeitos José Sócrates e o seu Governo.
Nota: Os valores globais estão entre parêntesis. A projecção resulta do exercício meramente matemático, presumindo que os inquiridos que responderam "NS/NR" (20,5%) se abstém. As setas significam: subiu(seta azul) ou desceu (seta vermelha) em relação à sondagem do mês anterior.
in Expresso online, 12-3-2010
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