Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

domingo, 17 de outubro de 2010

Passei por 'amarjunqueira' e trouxe de lá estas letras...

Todos cantam e ninguém contesta...
O povo sofre, coitado,
Passa a vida num tormento;
Já se sente enfastiado
Co'a novela do orçamento.
O governo diz que é bom
E acha que vai passar
Mas, di-lo alto e bom som:
A oposição vai chumbar!
Vão esgrimindo argumentos
Impropérios num enxurro
Entre si chamam «jumentos»!
Cada qual é o mais «burro»...
Só enchem as algibeiras
Só paleio e mais paleio
Choram que nem carpideiras
E o povo?! De saco cheio!
Transparência ninguém quer
Corrupção é que dá tacho;
Roubar quanto mais puder
Lá por cima e cá por baixo.
O orçamento só presta
Se ao poder der alimento
E ao povo só lhe resta
Pagar!, pagar!, qual «jumento»!



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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.