Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

sábado, 30 de outubro de 2010

Passei por 'COISA POUCA' e trouxe de lá muita coisa...



De vez em quando, chegava uma encomenda vinda de Lisboa. Os olhos brilhavam e no peito crescia uma frenética vontade de a abrir e descobrir o que vinha lá dentro. Normalmente eram frasquinhos pequeninos de perfume, caixinhas redondas com um pó avermelhado, colares e outras quinquilharias com cheiro de cidade.
Mas daquela vez, lá no fundo de tudo, estava uma boneca lindíssima de cabelos cor de ferrugem e olhos verdes. O que senti, foi um misto de emoções indizíveis. Lembro-me que naquele dia, o meu corpo foi pequeno demais para mim, visto que quase não me cabia... de tamanho contentamento!

Este texto foi escrito para o concurso "imagens da nossa memória, do site EscritArtes. (Só eram permitidos 600 caracteres).



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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.