O caso está a comover todo o país e tem sido alvo de uma intensa batalha judicial e política há mais de 10 anos.
A decisão foi já considerada pelo ministro da Saúde do Vaticano, Javier Lozano Barragan, como um "assassínio abominável".
Ao jornal La Repubblica, o cardeal pediu para "pararem com este assassínio". "Interromper a alimentação e a hidratação de Eluana equivale a um abominável assassínio e a Igreja não parará de reclamar em voz alta (...) Não vejo como se poderia definir de outra forma o facto de não alimentar alguém", declarou o cardeal.
Evocando a decisão judicial que autoriza a cessação da alimentação, confirmada pelo Supremo Tribunal de Justiça italiano em Novembro, o cardeal Barragan explicou que "a posição da Igreja, que defende a vida, mantém-se a mesma e não pode mudar devido a um veredicto de juízes".
Eluana Englaro chegou de madrugada à clínica "La Quiete" em Udine, nordeste, onde lhe será "desligado o apoio de vida" dentro de três dias, segundo médicos citados pela imprensa.
Eluana estava em estado vegetativo numa clínica de Milão, norte, desde o acidente rodoviário que a mergulhou no coma, em Janeiro de 1992.
Apesar das pressões da Igreja católica, do Vaticano, do governo de centro-direita de Sílvio Berlusconi e de responsáveis políticos regionais, o estabelecimento de Udine indicou em Janeiro que estava pronto para acolher Eluana para que ali vivesse os seus últimos momentos.
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in JN online, 03-02-2009
Veja um vídeo sobre o caso de Eluana Englaro colocado no YouTube, em espanhol:
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