É a mais perigosa da sua espécie e regressou às águas do Mediterrâneo, onde não era avistada há cerca de dez anos.
O Centro Oceanográfico de Los Alcázares confirmou que foram avistados nos últimos dias grupos de cerca de 50 exemplares desta espécie ao largo da costa de Murcia, em Espanha. Segundo os especialistas, a ‘caravela-portuguesa’ (Physalia physalis), cuja picada pode ser mortal, chegou às águas espanholas através do Estreito de Gibraltar, impulsionada pelas correntes de ar, e é provável que chegue até às Ilhas Baleares.
O director da Oceana (grupo internacional que zela pela protecção dos oceanos) na Europa, Xavier Pastor, disse ao El País que a presença desta espécie na costa peninsular pode significar o início de uma colonização nesta zona: “se assentassem aqui seria um problema porque são realmente muito perigosas”, sublinhou.
Ainda que sejam identificadas como medusas, as caravelas-portuguesas pertencem, na realidade, a uma outra ordem de animais aquáticos: os cnidários hidrozoários, que formam colónias flutuantes. Ao contrário das medusas, deslocam-se à superfície da água graças a uma bolsa de gás que se assemelha à vela de um barco, daí o nome por que são conhecidas.
Os seus tentáculos, que chegam a atingir os 30 metros de comprimento, podem provocar queimaduras, inchaços e mesmo paragens cardíacas em pessoas alérgicas. De acordo com os números do responsável do Centro Oceanográfico de Los Alcázares, entre 30 a 50 por cento das pessoas que entram em contacto com a caravela-portuguesa podem acabar hospitalizadas, devido a taquicardias, enjoos ou dificuldades respiratórias. Nos casos mais extremos, existe a possibilidade de ataques cardíacos.
in DN online, 29-4-2009
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