Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Liberdade...

Liberdade

Viemos com o peso do passado e da semente
esperar tantos anos torna tudo mais
urgente
e a sede de uma espera só se estanca na
torrente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente

Vivemos tantos anos a falar pela calada
só se pode querer tudo quanto não se teve nada
só quer a vida cheia quem teve a vida parada
só quer a vida cheia quem teve a vida parada

Só há liberdade a sério quando houver
a paz, o pão
habitação
saúde
educação
só há liberdade a sério quando houver
liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir

Sérgio Godinho


Sem comentários:

Contador, desde 2008:

Localizador, desde 2010:

Acerca de mim

A minha foto
"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.