«A coordenadora do projecto que hoje, quarta-feira, promove um desfile de mais de mil crianças em Aveiro garante que "não vai haver ninguém a recriar a Mocidade Portuguesa" e que a contestação do BE assenta em informação errada.
"Não vai haver nenhum desfile de Mocidade, não vai haver nenhuma criança a cantar o hino da Mocidade, não vai haver ninguém a recriar a Mocidade", garantiu à Lusa Joaquina Mourato, professora do 1.º ciclo do agrupamento de escolas de Aveiro e coordenadora do projecto educacional "Reviver 100 anos de História".
No passado mês de maio, o deputado do Bloco de Esquerda Pedro Soares apresentou um requerimento na Assembleia da República a questionar o Ministério da Educação sobre se tinha conhecimento desta iniciativa que, segundo sustentou, "obriga alunos menores de idade a serem actores num ato laudatório e acrítico de uma página negra da História de Portugal".
Em resposta, a professora afirmou à Lusa que "o BE contestou aquilo que não existe" e "afirmou que iria acontecer uma coisa que não vai acontecer".
"O BE fala que vai haver um ato laudatório ao fascismo e nós não temos nada que diga tal coisa. Absolutamente nada. Temos quadros que mostram a evolução de Portugal desde há 100 anos até agora e não temos nada daquilo que o BE alega que nós temos", sublinhou.
Joaquina Mourato acrescentou desconhecer onde o Bloco terá recolhido tal informação já que "nunca falou" com ela, nem "com ninguém da escola, com ninguém responsável da escola".
"Portanto, não tenho que recuar com coisa nenhuma por causa do BE, uma vez que o BE não está a dar a informação correta", salientou.
O projecto em causa "tem que ver com um percurso histórico onde se vão rever 100 anos de história e vão ter lugar vários quadros representativos de várias épocas", esclareceu.
"O primeiro quadro vai ser sobre a monarquia, onde as crianças irão dançar danças palacianas; o segundo quadro versará sobre o regicídio; o terceiro quadro será sobre a proclamação da República, onde as crianças irão subir aos Paços do Concelho para fazer a proclamação da República tal como foi feita há 100 anos em Aveiro", especificou.
"Depois iremos ter a época do Estado Novo, com várias apresentações e características do Estado Novo, entre as quais a emigração, a guerra colonial, a escola tal como era naquela época e a Mocidade Portuguesa", referiu a professora.
Nesse quadro "há meninos que estarão a fazer lembrar a Mocidade Portuguesa, tal como estarão crianças a fazer lembrar os emigrantes", assinalou.
O quadro seguinte será dedicado "à revolução do 25 de Abril, onde irão ser evocados Zeca Afonso, que é natural de Aveiro, e vão aparecer os ideais de Abril, os meninos estarão fardados a fazer lembrar as fardas dos militares de Abril com os cravos na mão", acrescentou.
"O último quadro será o da multiculturalidade, a representar a actualidade, em que temos escolas com múltiplas nacionalidades e onde se cruzam múltiplas etnias", explicou.
No projecto participam 1200 crianças de quatro jardins de infância (São Jacinto, Santiago, Aveiro e Barrocas) e cinco escolas (Barrocas, Glória, Vera Cruz, Santiago e São Jacinto).
O evento vai decorrer entre as 14:00 e as 17:00 horas, culminando com a actuação da banda da GNR e com o Hino Nacional entoado por todas as crianças, bem como uma largada de pombos, no jardim do Rossio.
O trânsito estará cortado no próprio dia, durante alguns períodos, nas zonas da cidade que vão acolher esta iniciativa.»
"Não vai haver nenhum desfile de Mocidade, não vai haver nenhuma criança a cantar o hino da Mocidade, não vai haver ninguém a recriar a Mocidade", garantiu à Lusa Joaquina Mourato, professora do 1.º ciclo do agrupamento de escolas de Aveiro e coordenadora do projecto educacional "Reviver 100 anos de História".
No passado mês de maio, o deputado do Bloco de Esquerda Pedro Soares apresentou um requerimento na Assembleia da República a questionar o Ministério da Educação sobre se tinha conhecimento desta iniciativa que, segundo sustentou, "obriga alunos menores de idade a serem actores num ato laudatório e acrítico de uma página negra da História de Portugal".
Em resposta, a professora afirmou à Lusa que "o BE contestou aquilo que não existe" e "afirmou que iria acontecer uma coisa que não vai acontecer".
"O BE fala que vai haver um ato laudatório ao fascismo e nós não temos nada que diga tal coisa. Absolutamente nada. Temos quadros que mostram a evolução de Portugal desde há 100 anos até agora e não temos nada daquilo que o BE alega que nós temos", sublinhou.
Joaquina Mourato acrescentou desconhecer onde o Bloco terá recolhido tal informação já que "nunca falou" com ela, nem "com ninguém da escola, com ninguém responsável da escola".
"Portanto, não tenho que recuar com coisa nenhuma por causa do BE, uma vez que o BE não está a dar a informação correta", salientou.
O projecto em causa "tem que ver com um percurso histórico onde se vão rever 100 anos de história e vão ter lugar vários quadros representativos de várias épocas", esclareceu.
"O primeiro quadro vai ser sobre a monarquia, onde as crianças irão dançar danças palacianas; o segundo quadro versará sobre o regicídio; o terceiro quadro será sobre a proclamação da República, onde as crianças irão subir aos Paços do Concelho para fazer a proclamação da República tal como foi feita há 100 anos em Aveiro", especificou.
"Depois iremos ter a época do Estado Novo, com várias apresentações e características do Estado Novo, entre as quais a emigração, a guerra colonial, a escola tal como era naquela época e a Mocidade Portuguesa", referiu a professora.
Nesse quadro "há meninos que estarão a fazer lembrar a Mocidade Portuguesa, tal como estarão crianças a fazer lembrar os emigrantes", assinalou.
O quadro seguinte será dedicado "à revolução do 25 de Abril, onde irão ser evocados Zeca Afonso, que é natural de Aveiro, e vão aparecer os ideais de Abril, os meninos estarão fardados a fazer lembrar as fardas dos militares de Abril com os cravos na mão", acrescentou.
"O último quadro será o da multiculturalidade, a representar a actualidade, em que temos escolas com múltiplas nacionalidades e onde se cruzam múltiplas etnias", explicou.
No projecto participam 1200 crianças de quatro jardins de infância (São Jacinto, Santiago, Aveiro e Barrocas) e cinco escolas (Barrocas, Glória, Vera Cruz, Santiago e São Jacinto).
O evento vai decorrer entre as 14:00 e as 17:00 horas, culminando com a actuação da banda da GNR e com o Hino Nacional entoado por todas as crianças, bem como uma largada de pombos, no jardim do Rossio.
O trânsito estará cortado no próprio dia, durante alguns períodos, nas zonas da cidade que vão acolher esta iniciativa.»
in JN online, 09-6-2010
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