Um número ainda indeterminado de portugueses mortos e feridos resultaram hoje do despiste, em Fnideq, norte de Marrocos (junto à fronteira com a cidade espanhola de Ceuta), de um autocarro com passageiros que realizavam um cruzeiro no paquete "Funchal", segundo a empresa responsável pela embarcação.
O Governo português já confirmou a morte de nove portugueses e deu conta de 25 feridos ligeiros que se encontram em Ceuta, Espanha, e de 14, entre os quais um em estado grave que "permanecem localmente". No entanto, a agência espanhola EFE, citando fontes oficiais, refere a morte de dez portugueses.
Nuno Fonseca, porta-voz da Classic International Cruises, empresa responsável pelo Paquete Funchal, onde os turistas viajavam, explicou à Agência Lusa que uma das vítimas mortais do acidente poderá ser de nacionalidade estrangeira.
A mesma fonte acrescentou que as autoridades marroquinas terminaram já as operações de salvamento e resgate.
Segundo Nuno Fonseca o acidente ocorreu às 06h45 locais (07h45 em Lisboa) quando um dos cinco autocarros que transportavam turistas portugueses se despistou a caminho de Tetouan.
Trata-se de um autocarro espanhol, conduzido pelo dono da empresa (que também ficou ferido) e, segundo o porta-voz da Classic International Cruises, com "muita experiência".
Ainda de acordo com a agência EFE, alguns feridos já foram transportados para diversos hospitais da região, numa altura em que já terminaram as operações de salvamento.
Autocarro cai em ravina
No autocarro seguiam 44 portugueses, turistas do paquete "Funchal", que se encontra ancorado em Ceuta, além de um guia marroquino e um elemento da Classic International Cruises.
Um testemunho local recolhido pela AFP disse que na altura do acidente "havia muito nevoeiro e caía uma chuva fina" e que o autocarro "guinou e caiu numa ravina".
Segundo a polícia marroquina, os feridos estão a ser transportados para os hospital de Tetouan, Fnideq (perto de Ceuta) e M'diq (a 10 quilómetros de Ceuta).
De acordo com Nuno Fonseca, alguns feridos foram transportados para o hospital em Tetouan, mas a empresa está a proporcionar o transporte para que todos os passageiros sejam assistidos no hospital em Ceuta.
Esta viagem - o "Cruzeiro do Fado" - começou no passado domingo, em Lisboa, tendo os 488 participantes passado por Gibraltar, Málaga e Ceuta, antes do regresso a Portugal.
Texto in Expresso online, 08-9-2010
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