Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

domingo, 5 de outubro de 2008

A implantação da República...


No dia 5 de Outubro de 1910 foi implantada a república em Portugal.
Os movimentos implicados na revolução foram o Partido Republicano Português e a Carbonária (organização secreta que tinha como principal objectivo a deposição da monarquia), com o apoio de oficiais republicanos.
Cândido dos Reis, almirante da marinha de guerra, é a partir de 1908 o cérebro militar do 5 de Outubro. Na madrugada de 4 de Outubro, embora a revolução estivesse na rua, convence-se de que tudo está perdido e suicida-se.
Miguel Bombarda, médico e professor de doenças do foro psiquiátrico, pertence à carbonária e esteve também implicado na conspiração que levou à implantação da república. No entanto, é morto por um doente no dia 3 de Outubro.
Apesar destas baixas de última hora o movimento avança dirigido no terreno pelo comissário naval Machado dos Santos.
A revolução começa à 1 da madrugada na capital. De todas as acções levadas a cabo pelos revolucionários a mais espectacular e eficaz foi a do bombardeamento por parte dos navios "S. Rafael" e "Adamastor" do Palácio das Necessidades, onde o rei D. Manuel II estava presente. Um dos tiros fez mesmo cair o pavilhão real.
No final a revolução saldou-se por 76 mortos, 186 feridos civis e 122 feridos militares.
Foi José Relvas, membro do partido republicano, quem, da varanda dos Paços do Concelho de Lisboa, proclamou finalmente a república.
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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.