"Depois de no mês passado a sede da editora britânica do livro "A jóia de Medina" ter sido alvo de um ataque com fogo, o polémico romance, sobre a vida da menina que casou com o profeta Maomé, chega hoje às bancas norte-americanas, nove dias antes da data prevista.
De acordo com a Beaufort Books, editora responsável pela publicação nos Estados Unidos, tanto a empresa como a autora Sherry Jones, decidiram não esperar e acharam "que era melhor para todos sair de uma conversa sobre terroristas e editoras receosas e iniciar antes uma discussão sobre os méritos do livro em si".
Originalmente intitulado "The Jewel of Medina", o livro conta a história de A'isha, desde o seu noivado com apenas seis anos até à morte do profeta. Embora nunca tenha visitado o Médio Oriente, a autora passou anos a estudar não só a história árabe como também a vida do profeta. O livro acaba por ser o resumo "de uma bonita história de amor", diz Sherry Jones.
Publicação controversa
O processo de publicação de "A jóia de Medina" tem sido controverso e cheio de contratempos. Em Maio a Random House recusou-se a publicar a obra após "ter recebido aconselhamento de que não só a sua publicação poderia ser ofensiva para algumas pessoas da comunidade muçulmana, como também poderia incitar actos de violência".
O processo de publicação de "A jóia de Medina" tem sido controverso e cheio de contratempos. Em Maio a Random House recusou-se a publicar a obra após "ter recebido aconselhamento de que não só a sua publicação poderia ser ofensiva para algumas pessoas da comunidade muçulmana, como também poderia incitar actos de violência".
No mês passado, as previsões de violência concretizaram-se, com uma situação de fogo posto na editora responsável pela publicação do romance na Grã-Bretanha. Não houve feridos, mas a polícia prendeu três pessoas sob suspeita de terrorismo. Sherry Jones garante nunca ter sido alvo de ameaças.
Nos Estados Unidos a tiragem inicial ronda os 40 mil exemplares. Segundo a autora, o livro deverá ser publicado ainda em Espanha, Itália, Hungria, Brasil, Reino Unido e Alemanha."
in Expresso online, 13-10-2008
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