Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

"Pedras no caminho? Guardo todas. Um dia vou construir um castelo"



 

"Pedras no caminho? Guardo todas. Um dia vou construir um castelo"
Texto muitas vezes atribuído erradamente a Fernando Pessoa.
Na verdade estas palavras foram escritas por um brasileiro que assinava o seu blogue (Por um Punhado de Pixels) como Nemo Nox.


Ponte Vasco da Gama



Todas 

António Feio deixou-nos um pensamento muito Bonito




Almeida Garrett




Fonte dos Golfinhos, Ericeira



 

Um canto que é um encanto!
Na bonita Vila da Ericeira a lindíssima Fonte dos Golfinhos.
A bonita e elegante Fonte foi mandada construir em 1925 pela então Comissão de Iniciativa de Turismo da Ericeira, no dia 18 de Julho de 1926 a água correu pela primeira vez nas suas torneiras.
A bela Vila da Ericeira (onde o mar é mais azul), no concelho de Mafra, é uma vila piscatória hoje dedicada ao turismo, fica a cerca de 40 kms de Lisboa.
(Fonte: Ericeira Lovers)

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

'PORQUE' de Sophia de Mello Breyner Andresen


Não tive o prazer e a honra de conhecer pessoalmente a poetisa portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004).
Porém, ao ler esta sua poesia, fiquei com a sensação que Sophia Andresen me conheceu. 🙂

 

Voltaire




Dona Maria Adelaide de Bragança - A princesa portuguesa que fez frente a Hitler



 


Dona Maria Adelaide de Bragança, uma desconhecida heroína portuguesa.
Trabalhou como Enfermeira na Áustria.
Foi durante muito tempo a mais idosa princesa de Portugal.
Tia de SAR Dom Duarte Pio, actual Duque de Bragança, era a última neta do rei D. Miguel.
Nasceu em 1912.
Durante a Segunda Guerra Mundial foi condenada à morte duas vezes.
A primeira condenação deveu-se a quando chefiava uma rede que tinha por missão fazer fugir pessoas procuradas, perseguidas ou condenadas pelos Nazis.
Desde paraquedistas aliados, espiões, judeus e outros.
Foi apanhada pelas SS e condenada à morte.
O governo de Salazar ao saber da notícia interveio imediatamente, afirmando que era cidadã portuguesa e após muita luta diplomática, conseguiu salvá-la.
A segunda condenação será ainda mais "heróica".
Novamente agente da resistência, tem por nome de código "Mafalda", fazia a ligação entre os Ingleses e o Conde Claus von Stauffenberg, líder do atentado falhado contra Hitler, a chamada operação Valquíria.
É apanhada, condenada à morte pela segunda vez mas desta feita é salva pelos soviéticos, após a vitória destes em Viena.
Voltou a Portugal em 1949 e por cá ficou.
Faleceu em 2012.

Castelo de Almourol, Rio Tejo, Vila Nova da Barquinha, Portugal




'A Nau Catrineta' de Almeida Garrett




Lá vem a Nau Catrineta
Que tem muito que contar!
Ouvide agora senhores,
Uma história de pasmar.
Passava mais de ano e dia
Que iam na volta do mar,
Já não tinham que comer,
Já não tinham que manjar.
Deitaram sola de molho
Para o outro dia jantar;
Mas a sola era tão rija,
Que a não puderam tragar.
Deitam sortes à ventura,
Qual se havia de matar;
Logo foi cair a sorte
No capitão-general.
– «Sobe, sobe, marujinho,
Àquele mastro real,
Vê se vês terras de Espanha,
As praias de Portugal!»
– «Não vejo terras de Espanha
Nem praias de Portugal;
Vejo sete espadas nuas
Que estão para te matar.»
– «Acima, acima, gajeiro,
Acima, ao tope real!
Olha se enxergas Espanha,
Areias de Portugal.»
– «Alvíssaras, capitão,
Meu capitão-general!
Já vejo terras de Espanha,
Areias de Portugal.
Mais enxergo três meninas
Debaixo de um laranjal:
Uma sentada a coser,
Outra na roca a fiar,
A mais formosa de todas
Está no meio a chorar.»
– «Todas três são minhas filhas,
Oh! quem mas dera abraçar!
A mais formosa de todas
Contigo a hei-de casar.»
– «A vossa filha não quero,
Que vos custou a criar.»
– «Dar-te-ei tanto dinheiro,
Que o não possas contar.»
– «Não quero o vosso dinheiro,
Pois vos custou a ganhar.»
– «Dou-te o meu cavalo branco,
Que nunca houve outro igual.»
– «Guardai o vosso cavalo,
Que vos custou a ensinar.»
– «Que queres tu, meu gajeiro,
Que alvíssaras te hei-de eu dar?»
– «Eu quero a nau Catrineta,
Para nela navegar.»
– «A nau Catrineta, amigo,
É de el-rei de Portugal.
Pede-a tu a el-rei, gajeiro,
Que ta não pode negar.
(in "Romanceiro", de Almeida Garrett)

 

sábado, 27 de janeiro de 2024

MEMÓRIAS: A última fotografia da Família Real de Portugal



 

A última fotografia da Família Real, tirada a 27 de janeiro de 1908, uma segunda-feira, na Tapada de Vila Viçosa.
No dia 1 de fevereiro de 1908, Sua Majestade El-Rei de Portugal D. Carlos e seu filho, o Príncipe Real de Portugal D. Luiz Filipe foram assassinados em Lisboa pela carbonária republicana.
Um crime que manchou a história de Portugal.

27 de janeiro, Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto



 

#catujaleno


segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Votos de Saúde, Paz, Amor, Liberdade e alguns euros para TODOS os seguidores deste blogue! 🙂



 

"Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!"
José Régio em 'Cântico Negro'

ANCESTRAIS



 

Para nascer precisamos de:
2 Pais
4 Avós
8 Bisavós
16 Trisavós
32 Tetravós
64 Pentavós
128 Hexavós
256 Heptavós
512 Oitavós
1024 Eneavós
2048 Decavós
Apenas o total das 11 últimas gerações, foram necessários 4.094 ANCESTRAIS, tudo isto em aproximadamente 300 anos antes de eu ou você nascermos!
Pare um momento e pense...
- De onde eles vieram?
- Quantas lutas tiveram?
- Quanta fome passaram?
- Quantas guerras viveram?
- Quantas vicissitudes sobreviveram os nossos antepassados?
Por outro lado, quanto amor, força, alegrias e estímulos nos legaram?
Quanto da sua força para sobreviver, cada um deles tiveram e deixaram dentro de nós para que hoje estejamos vivos.
Só existimos graças a tudo o que cada um deles passou.
É NOSSO DEVER HONRAR OS NOSSOS ANTEPASSADOS!
(autor desconhecido)

MEMÓRIAS DA MINHA TERRA



 

Saloios com uma carrada de hortaliças, Loures, anos 50.
(Foto de Artur Pastor)


PELA SUA RICA SAÚDE



 

A cabeça de um adulto pesa cerca de 5 kg, peso tomado como referência, para os valores apresentados na imagem embaixo.
É o pescoço (coluna vertebral) que suporta o peso da cabeça que, dependendo do ângulo de inclinação, variará.
Quanto mais olhamos para baixo, mais pesa e mais esforço faz sobre o pescoço.
Dependendo de que segmento cervical aguenta o peso e a tensão, o peso da cabeça oscila de menos de 5 kg a 22-27kg, dependendo da inclinação.
Com a inclinação de 60 graus, suporta de 22-27 kg, nas vértebras cervicais inferiores, no tórax actuando sobre toda a coluna vertebral.
A abundância de tecidos moles de suporte, músculos, ligamentos e tendões tornam-se tensos e fatigados, aumentando a pressão sobre as articulações e os discos.
Seja nos computadores, nos telemóveis ou até a ler um livro, é importante ter atenção à posição da cabeça (na realidade da postura de todo o corpo).
Facilmente ficamos absorvidos no que estamos a fazer e não verificamos a postura do nosso corpo, passando horas em posições completamente erradas.
E ao longo do tempo as mazelas surgirão.
Cuide-se!
Não faça como eu, que estou há 18 meses com a mobilidade auxiliada por uma canadiana (às vezes duas, raramente sem nenhuma), enquanto espero por uma consulta de neurocirurgia (pedida há cerca de um ano) para avaliar uma possível operação à coluna.

OPERAÇÃO DULCINEIA, ASSALTO AO SANTA MARIA, FAZ HOJE 63 ANOS



A Operação Dulcineia foi uma operação coordenada por Henrique Galvão e Humberto Delgado, que teve como objetivo principal desviar o paquete português Santa Maria, cheio de passageiros.
Henrique Galvão liderou o assalto ao paquete Santa Maria, chamou-lhe Operação Dulcineia, do título de uma peça de teatro de Carlos Selvagem (Dulcinéa ou a última aventura de D. Quixote, Lisboa: Editorial Aviz, 1943).
O sequestro ocorreu na noite de 21 para 22 de janeiro de 1961, por um grupo de 23 exilados políticos portugueses e espanhóis - integrantes da Direção Revolucionária Ibérica de Libertação (DRIL) -, que então faziam oposição política aos governos ditatoriais de António de Oliveira Salazar e de Francisco Franco, sob o comando do capitão Henrique Galvão e de Jorge de Soutomayor, desencadeando a chamada Operação Dulcineia.
O paquete foi então chamado de "Santa Liberdade".
Durante a ação foi assassinado o 3.º piloto, o oficial João José Nascimento Costa.
A embarcação acabou por fundear no porto do Recife, no Brasil, em 2 de fevereiro seguinte.



Um dos oficiais de bordo ofereceu resistência e foi morto a tiro; os restantes renderam-se.
O paquete mudou de rumo e partiu em direcção a África.
Henrique Galvão queria dirigir-se à ilha espanhola de Fernando Pó, no golfo da Guiné, e a partir daí atacar Luanda, que seria o ponto de partida para o derrube dos governos de Lisboa e Madrid.
Um plano megalómano e quixotesco, condenado ao fracasso, mas que chamaria as atenções internacionais para a ditadura salazarista.
As coisas começaram a complicar-se quando o navio foi avistado por um cargueiro dinamarquês, que avisou a guarda costeira americana.
Daí até à chegada dos navios de guerra foi um ápice.
Vendo que tudo estava perdido, Henrique Galvão decidiu rumar ao Recife e render-se às autoridades brasileiras, pedindo asilo político, que foi aceite.




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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.