A Operação Dulcineia foi uma operação coordenada por Henrique Galvão e Humberto Delgado, que teve como objetivo principal desviar o paquete português Santa Maria, cheio de passageiros.
O sequestro ocorreu na noite de 21 para 22 de janeiro de 1961, por um grupo de 23 exilados políticos portugueses e espanhóis - integrantes da Direção Revolucionária Ibérica de Libertação (DRIL) -, que então faziam oposição política aos governos ditatoriais de António de Oliveira Salazar e de Francisco Franco, sob o comando do capitão Henrique Galvão e de Jorge de Soutomayor, desencadeando a chamada Operação Dulcineia.
O paquete foi então chamado de "Santa Liberdade".
Durante a ação foi assassinado o 3.º piloto, o oficial João José Nascimento Costa.
A embarcação acabou por fundear no porto do Recife, no Brasil, em 2 de fevereiro seguinte.
Um dos oficiais de bordo ofereceu resistência e foi morto a tiro; os restantes renderam-se.
O paquete mudou de rumo e partiu em direcção a África.
Henrique Galvão queria dirigir-se à ilha espanhola de Fernando Pó, no golfo da Guiné, e a partir daí atacar Luanda, que seria o ponto de partida para o derrube dos governos de Lisboa e Madrid.
Um plano megalómano e quixotesco, condenado ao fracasso, mas que chamaria as atenções internacionais para a ditadura salazarista.
As coisas começaram a complicar-se quando o navio foi avistado por um cargueiro dinamarquês, que avisou a guarda costeira americana.
Daí até à chegada dos navios de guerra foi um ápice.
Vendo que tudo estava perdido, Henrique Galvão decidiu rumar ao Recife e render-se às autoridades brasileiras, pedindo asilo político, que foi aceite.
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