Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

domingo, 14 de janeiro de 2024

ALFACINHA



 Qual será a verdadeira origem?

Porque os habitantes de Lisboa são conhecidos por "alfacinhas"?
O termo foi popularizado por Almeida Garrett, na sua obra “Viagens na Minha Terra”: "pois ficareis alfacinhas para sempre, cuidando que todas as praças deste mundo são como a do Terreiro do Paço."
No entanto, os lisboetas já eram referidos como alfacinhas muitos anos antes.
Não existem provas científicas ou estudos que comprovem a origem desse apelido, mas não faltam teorias.
Uma delas alude à existência de muitas plantações de alface que enchiam as colinas da cidade por altura da ocupação árabe, no século VIII. Terão sido os árabes a plantá-las. Como palavra árabe que designava a alface era “Al-Hassa”, terá evoluído para “alface” em português. A planta era destinada, na época, a fins culinários e medicinais. Numa das várias guerras que aconteceriam durante a permanência dos árabes, reza a lenda que os moradores teriam apenas alfaces para comer, o que terá originado a denominação.
Outra teoria refere que o termo “alfacinha” foi atribuído aos lisboetas pelas populações das terras que circundavam a capital. Segundo a lenda, os lisboetas apelidaram estas populações de “saloios” e, em troca, estes apelidaram-nos de "alfacinhas" porque os lisboetas, a partir do século XIX, adquiriram o hábito de passear aos domingos por essas terras usando laços farfalhudos ao pescoço que fariam lembrar alfaces.
(Foto: o famoso elevador da Bica, em Lisboa)

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.