Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

BORDA D'ÁGUA



O Borda d'Água é um almanaque português publicado anualmente, desde 1929, pela Editorial Minerva.
Continua a ser impresso numa tipografia tradicional e a manter a mesma linha editorial desde a sua fundação.
Sendo uma das mais antigas publicações periódicas em Portugal, continua a ser um enormíssimo sucesso de vendas.
Apresentando-se como "reportório útil a toda a gente", o almanaque apresenta prognósticos para o ano, conselhos práticos baseados na sabedoria popular (provérbios, mezinhas, etc.), na ciência e na astrologia; previsões meteorológicas, previsões para a agricultura, épocas de sementeiras e outros trabalhos agrícolas, fases da lua, informação sobre o mar e as marés, calendário, efemérides, etc.
Criada em 1929 por Manuel Rodrigues, a primeira edição fez sair logo 40 mil exemplares - um feito para a época.
Nos últimos anos, as vendas superaram os 300 mil.



No entanto, o sucesso de vendas também atraiu falsificadores.
Atenta à proliferação de cópias fotocopiadas, a editora mantém truques que distinguem um exemplar verdadeiro: "O papel é reciclado e amarelado, o formato é ligeiramente mais pequeno do que uma folha A4 dobrada e a folha central está inteira.
No verdadeiro almanaque, as páginas vêm ligadas e têm de ser abertas pelo próprio utilizador".
Com 95 anos, o Borda d’Água é avesso à edição digital, pois é sinónimo de tradição e quer continuar a chegar a leitores de vários estratos sociais, de norte a sul do país, muitos deles sem acesso à internet.




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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.