Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

'APRENDI' de Helena Sacadura Cabral



 Aprendi que ninguém precisa saber que estamos tristes ou como anda a nossa vida.

Aprendi que, qualquer que seja o problema que tenhamos, ele pertence só a nós.
Aprendi a guardar as dores e os momentos difíceis só para mim.
Aprendi também que os melhores textos saem sempre das mãos de quem sabe isolar-se e tem como companhia apenas o silêncio.
Aprendi igualmente que ninguém se importa como estamos, nem como foi o nosso dia.
Aprendi que poucos dão valor ao que fazemos por eles, e poucos sabem valorizar a nossa companhia.
Aprendi a não me importar com a forma como agem comigo e a não guardar mágoas no coração. E, por isso, sou diferente de muitos.
Aprendi a não me importar com os pensamentos de fulano ou sicrano, que não conheço, nem sabem quem sou.
E, hoje, só me importo com o bem-estar que posso proporcionar aos que amo e a viver com a felicidade no meu sorriso.
(Helena Sacadura Cabral)

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.