Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Afinal o amor pode durar para sempre...

.

"Estudo.
Infelizmente, só acontece a uma (afortunada) minoria: largos anos depois, alguns casais mantêm acesa a paixão dos primeiros instantes. Uma questão de química, dizem os investigadores da Stony Brook University.

"Apaixonados como no primeiro dia? Impossível, não podem estar a falar a sério". Durante muito tempo, foi justamente isso que Arthur Aron pensou, ao ouvir casais afirmarem que a chama da paixão se mantinha acesa após mais de 20 anos de vida em comum. Mas, e se estivessem, de facto, a falar a sério? Psicólogo da Stony Brook University, de Nova Iorque, nos Estados Unidos, Arthur Aron ficou intrigado com estes relatos de eterna felicidade conjugal e, afinal, é mesmo assim: o estudo que conduziu indica que, para uma afortunada minoria - um em cada dez dos casais analisados -, o amor pode mesmo durar a vida inteira.
Segundo a edição online de ontem do Sunday Times, a equipa de investigadores comparou, através de scanner cerebral, as reacções químicas manifestadas por casais de longa data e por casais em início de relacionamento amoroso. Os resultados foram surpreendentes: o cérebro de alguns casais, juntos há mais de 20 anos, libertou os mesmos níveis de dopamina - neurotransmissor associado às sensações de prazer - encontrados na fase inicial do enamoramento. Mas, sublinham os investigadores, sem o quadro obsessivo que também caracteriza esse estado nascente, o que poderá indiciar uma maior maturidade no relacionamento destes casais que, passado o teste do tempo, podem dizer com segurança ter encontrado a sua "alma gémea".
"Estes resultados vão contra a visão tradicional de que a paixão esmorece dramaticamente durante os primeiros dez anos de relacionamento, mas agora sabemos que o contrário é possível", afirmou Arthur Aron, citado pelo Sunday Times.
Aos casais imunes ao declínio da paixão, a equipa de investigadores da universidade nova-iorquina atribuiu a designação de "cisnes", uma das espécies que, no mundo animal, dedica toda a sua vida ao mesmo parceiro. E, aos 64 anos, tal como a sua mulher, Elaine, Arthur Aron confessa que, apesar de ter "um casamento sólido", também ele sente "uma pontinha de inveja" destes pares de "cisnes": "O relacionamento destes casais permanece intenso, e sexualmente activo também", apesar de uma longa vida passada em comum.
Estudos anteriores nesta área, lembra o Sunday Times, haviam validado a visão corrente de que a paixão esmorece, em média, ao fim de 12 a 15 meses. E que, ao fim de dez anos, "a química" pura e simplesmente já não existe. A famosa "crise dos sete anos", na base de tantos divórcios, corresponderia, assim, a um dos "pontos de fractura" que marcam a generalidade dos relacionamentos amorosos.
Entre os "cisnes" da vida pública britânica, o jornal aponta o ex-primeiro-ministro Tony Blair e sua mulher, Cherie, e o actor Michael Caine e sua mulher, Shakira. Com Times Online e CNN/Health."
.
Maria João Pinto, DN online, 05-01-2009

Sem comentários:

Contador, desde 2008:

Localizador, desde 2010:

Acerca de mim

A minha foto
"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.