"É o tema de capa da edição de amanhã (hoje) da "Visão": as autoridades inglesas enviaram para Portugal uma carta rogatória onde o nome de José Sócrates consta como suspeito de ter "solicitado, recebido ou facilitado" pagamentos no âmbito do processo de licenciamento do Freeport de Alcochete.
De acordo com a revista, a carta foi enviada pela agência governamental Serious Fraud Office que investiga crimes económicos complexos. A "Visão" cita ainda fontes judiciais portuguesas, que garantem não haver nada na carta que implique José Sócrates.
Ainda segundo a revista semanal, as autoridades portuguesas foram confrontadas com um único indício contra Sócrates: o DVD onde Charles Smith, intermediário no negócio, diz a um administrador da Freeport que pagou 'luvas' ao então ministro do Ambiente. A gravação não serve de prova em Portugal.
O Departamento Central Investigação e Acção Penal continua a declarar que não há "indícios jurídicos relevantes" que impliquem qualquer governante português.
A revista "Sábado" também aborda o tema Freeport, adiantando que as autoridades inglesas querem ver as contas bancárias do primeiro-ministro, o que implica a quebra do sigilo bancário.
O pedido constará da carta rogatória enviada às autoridades portuguesas.
De acordo com a mesma publicação, as autoridades portuguesas estão a investigar um email que terá sido enviado pela empresa Smith & Pedro (intermediária no processo de licenciamento do centro comercial) para um "alegado domínio pessoal de Sócrates".
Ainda segundo a "Sábado", as autoridades portuguesas estão mais interessadas nas contas bancárias das empresas de Júlio e Hugo Monteiro, tio e primo do primeiro-ministro, respectivamente. Isto porque suspeitam que dupla terá "recebido cerca de dois milhões de euros dos representantes do Freeport em Portugal".
Entretanto, a Procuradoria-Geral da República já fez saber que vai emitir amanhã um comunicado com esclarecimentos sobre este assunto."
in Expresso online, 28-01-2009
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