Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

O sucesso do BORDA D'ÁGUA...


"O Borda d'Água chama-se Borda d'Água, porquê? Porque (leio nesta edição do DN) o velho almanaque anunciava as marés e era afixado nos cais, à borda da água. Que bela pescadinha de rabo na boca: fiquei com mais uma informação útil e, esta, sobre o anuário das informações úteis. Eu já lhe estava grato por saber que hoje é dia de São João Nepomuceno, que nos protege das calúnias. E que, sendo Janeiro, é tempo de plantar, nas hortas, favas, e, nos jardins, begónias... Evidentemente, admiro o Borda d'Água por tantos saberes só a 1,50 euros. Mas o que é, mesmo, admirável no almanaque é ele ter encontrado aquilo que todos andamos à procura e poucos alcançam: a rolha. Sim, também nos espantamos com o sucesso do Larry Page e o seu Google ou do Bill Gates e a Microsoft - mas esses tinham o mercado mundial à espera e a modernidade a empurrá- -los. Apetece dizer, assim também eu... Agora, com o Borda d'Água, o mundo era este, luso, apertadinho, e foi a contra-corrente: quem quer saber, hoje, das fases da Lua? Pois, 340 mil portugueses, no ano passado (nem o Saramago...)! E olhem outra glória: o almanaque Borda d'Água já é uma espécie de Lacoste, já o falsificam..."
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Ferreira Fernandes, DN online, 05-01-2009

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.