Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

domingo, 31 de maio de 2009

Morreu Millvina Dean, a última sobrevivente do naufrágio do Titanic...


A última sobrevivente do naufrágio do Titanic, Millvina Dean, morreu este domingo aos 97 anos em Inglaterra, anunciou a BBC.

Millvina Dean era um bebé de dois meses em 1912 quando o Titanic se afundou depois de ter embatido num icebergue.

A família emigrava na altura para os Estados Unidos e seguia a bordo do paquete.

A bébé, a mãe e um irmão conseguiram salvar-se, mas o pai morreu no naufrágio.

Recentemente, os actores do filme "Titanic", Leonardo diCaprio e Kate Winslet, anunciaram donativos para ajudar a pagar as despesas de internamento da casa de repouso em que Dean se encontrava.

in JN online, 31-5-2009




História: O drama dos Távoras...


«Estava uma manhã fria, enevoada, e em Belém, à beira-Tejo, o vento frio não afastava os mirones que queriam assistir à execução sumária da família mais poderosa do país. Eram 9.00 da manhã quando subiu ao cadafalso D. Leonor, marquesa de Távora. Era uma mulher snobe e fria de feitio irascível e com manias de superioridade. Antes de se entregar às mãos do seu carrasco, disse alto e bom som: "Deus permita que saibam todos morrer como quem são." E foi imediatamente decepada num só golpe. Seguiram-se José Maria Távora, conde de Atouguia, e Luís Bernardo de Távora, cuja mulher era amante do rei. Depois, o marquês suplicou clemência, mas mesmo assim partiram-lhe as pernas e os braços e terminaram-lhe o sofrimento com um garrote.

Às quatro da tarde, não restava um Távora vivo em Belém. Para terminar, os seus corpos foram cobertos de alcatrão e queimados. Nesse dia 13 de Janeiro de 1759, o nome Távora era tão malvisto que o chão por baixo do cadafalso onde morreram foi salgado para que ali nada nascesse, nem sequer uma erva daninha. Os seus bens foram "nacionalizados" pelo reino.

Para assegurar a extinção total dos Távoras, os mais novos, que escaparam à morte, foram encarcerados nos conventos de Chelas e Rilhafoles.

A origem dos Távoras é tão antiga como a nacionalidade. Todos os marqueses de Távora são descendentes de Afonso Henriques e alguns genealogistas asseguram que o nome descende de Ramiro II, filho do rei de Leão.

Fizeram ao longo dos séculos alianças poderosas e casamentos de interesse que lhes asseguraram um lugar permanente no topo da hierarquia social portuguesa e uma proximidade especial com os monarcas. Valeu-lhes uma política restritiva de casamentos entre alta nobreza com o objectivo de assegurar a chamada "limpeza do sangue".

"Eram gente soberba e altiva habituada a viver com aparato e ostentação. A marquesa, herdeira do título, que casara com um primo, também Távora, para manter a varonia, era uma linda mulher mas juntava à arrogância um feitio quezilento e colérico", escreveu José Norton no livro O Último Távora.

Poderosos e convencidos - a divisa que rodeava as armas da família dizia: "Para nós não existem obstáculos" -, os Távoras alimentaram ódios e invejas sem medo das repercussões dos seus actos. Os que de fora do exíguo círculo familiar a ele se juntavam por força de casamento queixavam-se da petulância do clã. D. João de Alorna, casado com uma das filhas dos marqueses de Távora, descreveu várias vezes a arrogância dos sogros. "Aqueles senhores têm o prejuízo de que basta o simples nome Távora para se fazerem formidáveis em matéria de reputação e valor", escreveu num ataque de cólera durante o ano inteiro em que esteve de relações cortadas com a marquesa.

No séc. XVIII, Portugal assistiu simultaneamente à ascendência máxima do clã mas também à sua queda mais violenta.

De regresso a Portugal, após uma temporada como vice-rei da Índia, o marquês de Távora apresentou-se no paço. O rei recebeu-o friamente sem a corte por perto para lhe dar as boas-vindas. Foi o primeiro sinal de que as coisas tinham mudado. Na altura, em Lisboa, o tema quente dos serões era a relação íntima entre o rei e a nora dos marqueses.

O marido traído, Luís Bernardo Távora, quis repudiar a mulher, mas o rei não permitiu que a sua amante favorita fosse humilhada publicamente. Começaram os insultos e as ofensas e aos poucos nasceu um ódio de morte entre o monarca e o clã. Acresceu a aversão que Sebastião José de Carvalho e Melo (marquês de Pombal) nutria pela alta nobreza, em especial pelos Távoras. O drama culminou em Setembro de 1758, quando o rei, regressado de mais uma escapadela com uma amante, levou um tiro no ombro. Os Távoras foram presos, torturados e acusados de regicídio.

Depois das execuções sumárias, os filhos de Mariana Távora e do 11.º conde de Atouguia e netos dos marqueses de Távora foram recuperados por D. João VI, em 1800. Hoje, existem centenas de Távoras em Portugal, mas o poder que exerceram ao longo de mais de 300 anos nunca mais recuperaram. »

in DN online, 31-5-2009


Palácio dos Távoras, em Mirandela


José Alberto Carvalho: "Moura Guedes é um exemplo de péssimo jornalismo"...


«José Alberto Carvallho, director de Informação da RTP, contactado pelo DN, reagiu à entrevista de Manuela Moura Guedes ao jornal i, em que a pivô do Jornal Nacional 6.ª Feira acusa Judite de Sousa e o próprio José Alberto Carvalho de terem sido impedidos pelo primeiro-ministro José Sóctares de dizerem a palavra "corrupto" durante a entrevista, feita a 22 de Abril.

"Eu não sei como, ou se, essa senhora negoceia as suas entrevistas, mas ela é que tem de explicar como chegou a essa conclusão. O que eu sei é que nunca na minha vida fui alvo de um comunicado como o da ERC ao meu trabalho. E o que eu sei também é que ela foi condenada de forma muito violenta pelo conselho deontológico", afirmou ao DN José Alberto Carvalho que acrescentou: "Eu não sou da mesma geração dela, nem me revejo na mesma profissão que ela exerce. Moura Guedes é um exemplo de péssimo jornalismo, se é que se pode chamar jornalismo ao que ela faz."

Na entrevista do i a Manuela Moura Guedes, é perguntado se a RTP está governamentalizada, ao que a pivô afirma: "É tutelada pelo Governo". A isto José Alberto Carvalho reage: "Não sei como era a RTP no tempo dela, mas sei como é agora. Nós provamos a nossa isenção dia a dia."

Está a RTP, ou o próprio José Alberto Carvalho, a pensar agir judicialmente contra Manuela Moura Guedes? "Não perdemos tempo com palhaçadas. Nem quero estar a alimentar mais isto", respondeu ainda o director de informação da estação pública de televisão.

O DN contactou ainda Judite de Sousa, também visada na mesma entrevista, mas a jornalista e directora-adjunta da RTP não quis comentar as declarações de Manuela Moura Guedes.

O DN tentou ainda falar com Manuela Moura Guedes para fazer a pergunta: Como sabe que a palavra 'corrupto' estava proibida na entrevista da RTP a José Sócrates? Mas até ao fecho desta edição a pivô do Jornal Nacional 6.ª Feira e directora adjunta da TVI não atendeu os telefonemas nem respondeu à SMS enviada. »

in DN online, 31-5-2009




Foi dito por Vasco Pulido Valente (a "mulher-a-dias" de Moniz)...



"Se estivesse no lugar de Sócrates, ia para casa"

Vasco Pulido Valente, "Correio da Manhã", 31-05-2009, reproduzido no Público online.




Nota:
Sem ofensa para as mulheres-a-dias que ganham a vida honradamente.

Bordel na embaixada de Portugal em Dacar...



«O Ministério dos Negócios Estrangeiros abriu um processo de averiguações ao embaixador português no Senegal, António Montenegro, por alegado envolvimento num escândalo de prostituição nas instalações da embaixada em Dacar.

O caso foi noticiado terça-feira pelo programa "Grand Journal" da rádio senegalesa Rádio futurs médias (Rfm), indicando que António Montenegro, 64 anos e em fase final da carreira, estava envolvido numa rede de prostituição clandestina.

O diplomata português, segundo o site na Internet do jornal sen24heures, desmentiu quarta- -feira as acusações ao jornal senegalês L'As. Segundo a imprensa de Dacar, António Montenegro foi chamado a Lisboa e, de acordo com fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) citada pela Lusa, o seu substituto será o n.º dois da representação de Portugal junto da NATO, Rui Tereno.

Montenegro, que foi chefe de gabinete (1999-2000) do então secretário de Estado das Comunidades José Lello, era embaixador em Dacar desde 2005 e acumulava funções como representante de Portugal na Guiné-Conacry, Mali, Mauritânia, Gâmbia, Costa do Marfim e Serra Leoa, de acordo com a estação TVI24.

No quadro da investigação, envolvendo as autoridades senegalesas e portuguesas, um elemento de uma empresa de segurança privada da embaixada chegou esta semana a Lisboa para prestar declarações.

O MNE confirmou ter aberto um processo de averiguações ao diplomata, escusando-se a identificar as razões.

A imprensa senegalesa revelou ainda que várias figuras da vida social de Dacar frequentavam a embaixada portuguesa à procura de acompanhantes de luxo, pelo menos uma das quais é uma estrela musical no país africano. »

in DN online, 30-5-2009


- Luis Amado, ministro que tutela a "casa de meninas" em Dacar -


sábado, 30 de maio de 2009

Cavaco Silva ganhou €147 mil com a SLN do seu amigo Dias Loureiro...


«A passagem de Cavaco Silva pela Sociedade Lusa de Negócios (SLN), como accionista, foi lucrativa. O Presidente da República (PR) vendeu em Novembro de 2003 as 105.378 acções que tinha da SLN - empresa que até Novembro controlou o Banco Português de Negócios (BPN) -, por €2,4 cada. Tendo em conta que as tinha comprado em 2001 por €1, Cavaco obteve, com este negócio, ganhos de €147,5 mil.

Também a sua filha Patrícia era uma pequena accionista da SLN e vendeu 149.640 acções na mesma altura que o pai, pelos mesmos €2,4. Resultado: mais-valias de €209,4 mil.

Documentos a que o Expresso teve acesso mostram que, a 17 de Novembro de 2003, Cavaco Silva e a filha deram ordem de venda das suas acções, em cartas separadas endereçadas ao então presidente da administração da SLN, José Oliveira Costa. Este determinou que as 255.018 acções detidas por ambos fossem vendidas à SLN Valor, a maior accionista da SLN, na qual participam os maiores accionistas individuais desta empresa, entre os quais o próprio Oliveira Costa.

O Expresso voltou esta semana a contactar o PR. Perguntou-lhe outra vez quando se tornou accionista e porquê, qual o valor a que comprou as acções em 2001 e qual o valor a que as vendeu. Fonte oficial da Presidência da República respondeu: "O professor Cavaco Silva - que só tomou posse como Presidente da República em 9 de Março de 2006 - e a sua mulher não têm nada a acrescentar sobre a gestão das suas poupanças, relativamente ao que consta do comunicado emitido pela Presidência da República em 23 de Novembro de 2008".

Nesse comunicado podia ler-se que Cavaco Silva, no exercício da sua vida profissional, "nunca exerceu qualquer tipo de função no BPN ou em qualquer das suas empresas; nunca recebeu qualquer remuneração do BPN ou de qualquer das suas empresas; nunca comprou ou vendeu nada ao BPN ou a qualquer das suas empresas". Além disso, referiu que nem ele nem a sua mulher contraíram qualquer empréstimo junto do BPN nem devem um único euro a qualquer banco, nacional ou estrangeiro, nem a qualquer outra entidade. Mas sobre ter sido accionista da SLN - que controlava o BPN - nada disse.

O Expresso foi também consultar as declarações de rendimentos de Cavaco Silva. Nelas foi possível verificar que na mesma conta do BPN onde tinha depositadas as acções da SLN, Cavaco tinha, em 2005, €210.634. Com a venda das acções a €2,4 em Novembro de 2003, o PR obteve um encaixe de €252.907,2.

Os €2,4 não andavam, ao que o Expresso apurou, muito longe dos valores praticados noutras transacções de acções da SLN naquela altura. O BPN não estava cotado na Bolsa, pelo que a determinação do preço das acções não era feita pelas regras de mercado. Não havia, por isso, um preço de referência para as acções definido oficialmente.

A participação de Cavaco na SLN não terá sido muito diferente da de muitas pessoas que foram atraídas para o projecto de Oliveira Costa pelas perspectivas de valorização do grupo. O banqueiro utilizava os seus conhecimentos para trazer para o grupo accionistas de relevo, quer da área política quer da empresarial. Por isso não é de estranhar que também Cavaco tenha acedido a participar no projecto SLN/BPN, tendo em conta que Oliveira Costa foi secretário de Estado dos Assuntos Fiscais de um dos seus governos.

Mas, apesar de tal ser natural - e de ter sido mais um entre os 400 accionistas da SLN em 2003 -, Cavaco nunca quis confirmar a relação que teve com a SLN. Esta semana manteve a mesma postura. O Expresso já tinha revelado, em Fevereiro de 2008, que Cavaco Silva fora accionista da SLN, informação que na altura foi confirmada pela própria SLN. Em Novembro questionou o PR, pedindo-lhe que explicasse essa relação.

Cavaco não quis fazer comentários. Em vez disso, fez sair, a 23 de Novembro (um dia após sair a notícia), o comunicado a que alude.»

in Expresso online, 30-5-2009




"Eu sei mais do que aquilo que disse."
José Oliveira e Costa, ontem no final da Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso BPN, acrescentando que está "a guardar uma série de informação, que não é útil a esta comissão para usar mais tarde". Jornal i, 27/05/2009, reproduzido no Expresso online.

Foi dito por um indivíduo sem coluna vertebral...



"Tenho orgulho em ter o apoio da família socialista"

Durão Barroso, "Jornal de Notícias", 30-05-2009, reproduzido no Público online.


Robot rastejante


sexta-feira, 29 de maio de 2009

Mobilidade...

Birmânia: Novo site pela libertação de Aung San Suu Kyi...

Aung San Suu Kyi


George Clooney e Bono já deixaram o seu apelo no novo site criado para assinalar o 64º aniversário da líder da oposição birmanesa.

Apoiantes de Aung San Suu Kyi criaram o site http://64forsuu.com/ e são diversas as personalidades mundiais que já deixaram a sua mensagem, entre milhares de apelos para a sua libertação.

São exemplos o primeiro-ministro britânico Gordon Brown, o presidente timorense José Ramos-Horta, o actor George Clooney, o cantor Bono, o bispo Desmund Tutu ou o futebolista David Beckham.

De Portugal, estavam registadas 13 mensagens até ao início da tarde desta sexta-feira.

Na sua mensagem, José Ramos-Horta considera ser incompreensível que em pleno século XXI, na Birmânia, "um grupo de pessoas não eleitas continue a governar através da repressão, assassínio e medo".

Gordon Brown reconhece que a comunidade internacional não tem agido para conseguir a libertação de Aung San Suu Kyi. "Isso está agora a mudar. O clamor para a sua libertação está a crescer na Europa, Ásia e no mundo inteiro”, disse.

Denominada "64 for Aung San Suu Kyi", a campanha resulta de uma coligação de organizações não governamentais - como a "Burma Campaign UK", a Amnistia Internacional e a "Human Rights Watch" - para exigir a libertação da dirigente birmanesa, aproveitando o facto de completar 64 anos a 19 de Junho.

A campanha coincide também com o julgamento de Aung San Suu Kyi, em curso numa prisão perto de Rangum, sob a acusação de ter violado a prisão domiciliária por ter sido visitada por um norte-americano que chegou a nado à sua residência.

Os seus apoiantes crêem que o julgamento em curso é uma forma de a Junta Militar que governa o país prolongar a sua detenção.

in JN online, 29-5-2009











Amanhã em Lisboa: Grande manifestação de apoio à professora Josefina Rocha...


A manifestação de amanhã está marcada para as 15h00, com concentração no Marquês de Pombal e desfile até aos Restauradores.



Foi dito pelo jornalista...




"Político e judicial, sem dúvida, o caso BPN é, também e muito, a história sul-americana de uns ex-comparsas desavindos que sabem muitos segredos uns dos outros".

Pedro Ivo Carvalho, "Jornal de Notícias", 29-05-2009, reproduzido no Público online.




Eduardo Dâmaso: Palmadas russas...

Eduardo Dâmaso


«Ministros ‘incomodados’ já são uns quantos. Juízes ‘chocados’ são vários. O próprio relator do acórdão que entregou Alexandra à mãe biológica ficou “perplexo” quando viu as imagens desta a dar umas palmadas na filha.

Estas palmadas russas na criança são, metaforicamente, também para a Justiça e Estado português. O juiz decidiu, como disse, perante “os factos que estavam no processo”. Não falou com ninguém, analisou o que tinha sido julgado na primeira instância mas fez uma valoração diferente dos factos.

A sua livre apreciação da causa foi tão radicalmente diferente do tribunal inferior que o levou a apontar uma “maternidade serôdia” à mãe de acolhimento. Não quis julgar a mãe biológica pelo quadro que era estabelecido pelos técnicos da Segurança Social, mas não se coibiu de arrasar a outra parte. Já agora, baseado em quê? Em que factos? A liberdade de decisão do juiz não se discute, mas a verdade é que esta não está a resistir a umas simples imagens das palmadas e a um lamentável quadro de exposição da criança a circunstâncias que cheiram a negócio.

Uma coisa este caso demonstra: os processos de menores não podem ser decididos em circunstâncias destas. Um monte de papel, factos avaliados à distância das pessoas, pura consideração de um determinismo biológico como critério dominante. É tal a ‘defesa da família’ que, tantas vezes, a pura realidade é atirada para o caixote do lixo.»

Eduardo Dâmaso, in CM online, 29-5-2009




A redundância de Gouveia Barros, juiz do Tribunal da Relação de Guimarães...



"Não há mães perfeitas."

Gouveia Barros, juiz do Tribunal da Relação de Guimarães, em esclarecimentos aos jornalistas tentou explicar as razões pelas quais decidiu entregar a Alexandra, a menina russa separada da família de acolhimento, à mãe biológica, permitindo a sua ida para a Rússia. Correio da Manhã, 29/05/2009, reproduzido no Expresso online.




"A melhor música para fazer amor"...

Foi dito pela encantadora Bo Derek...




quinta-feira, 28 de maio de 2009

Jardim Zoológico de Lisboa faz hoje 125 anos...


A 28 de Maio de 1884, o rei D.Fernando II e a família real inauguraram o Jardim Zoológico de Lisboa. Desde então, o parque tem povoado de sonho miúdos e graúdos portugueses.
Com 2000 animais de 360 espécies, o Jardim Zoológico de Lisboa completa esta quinta-feira 125 anos. A festa será presidida pelo Presidente da República, Cavaco Silva, que vai descerrar a placa de requalificação do espaço na pérgula do Templo dos Primatas.

Criado em 1884, situou-se inicialmente no Parque de São João da Pedreira, tendo-se mudado posteriormente para os terrenos onde se encontra actualmente a Fundação Calouste Gulbenkian.
Desde 1905, o zoo está na Quinta das Laranjeiras, onde por duas vezes atravessou fases menos prósperas. Primeiro na descolonização e, mais recentemente, em finais do século passado, quando a solução para evitar o seu encerramento foi o apadrinhamento dos animais.




in Expresso online, 28-5-2009

Nigéria: Adepto furioso com derrota do Manchester mata 4 pessoas...


Um adepto furioso com a derrota do Manchester United na final da Liga dos Campeões atirou um mini-autocarro contra uma multidão que festejava a vitória do Barcelona, na Nigéria.

O homem terá passado pela multidão que festejava a vitória do Barcelona e, não contendo a sua fúria, deu a volta para os atropelar com um mini-autocarro.

Quatro pessoas morreram e dez ficaram feridas, revela o canal de televisão CNN.

Em declarações à BBC, uma porta-voz da polícia revelou que o homem confessou ter atropelado as pessoas de propósito.

O homem foi imediatamente detido pelas autoridades da cidade de Ogbo. Barcelona F.C. e Manchester United têm milhares de fãs na Nigéria, revela a agência Reuters.

in JN online, última hora, 28-5-2009




Cardeal António Cañizares: "Abusos sexuais são menos graves que aborto"...



«Cardeal espanhol relativizou abusos sexuais praticados em instituições religiosas irlandesas.

Segundo o diário espanhol El Pais, o Cardeal António Cañizares, em declarações à TV3, o canal de televisão da Catalunha, canal comparou os episódios de abusos sexuais nas escolas católicas da Irlanda com o aborto. Para o cardeal os abusos são menos graves que os abortos.

Em entrevista à TV3, o cardeal pediu perdão pelos abusos sexuais a menores praticados entre os anos 50 e 80 nas escolas católicas irlandesas. Em contraponto, afirmou que esses crimes são menos grave que as “milhões de vidas destruídas” pela prática do aborto.

Para argumentar o cardeal explicou que o aborto “destruiu legalmente mais de 40 milhões de vidas humanas, quando a legislação deveria dar apoio aos direitos e à justiça.” E vai ainda mais longe quando afirma que a reforma da lei do aborto debilita os fundamentos da sociedade, porque “o primeiro direito é o direito à vida”.

O governo espanhol, pela voz da ministra da Saúde e Política Social, Trinidad Jiménez, já respondeu às declarações do cardeal, ao classificá-las de “muito graves”. A ministra acrescenta que são afirmações “irresponsáveis e inoportunas” e que não são comparáveis os casos dos abusos sexuais de menores com o aborto. »

in JN online, 28-5-2009




Nota:
Que Deus me perdoe, mas...puta que o pariu!

...


Vítor Constâncio, está à espera de quê? Obviamente, tem que sair...


«Direcção da bancada parlamentar socialista já interiorizou ser impossível ilibar o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, face aos indícios da actuação negligente daquela instituição face ao que se passava no Banco Português de Negócios, obtidos pela comissão parlamentar de inquérito ao chamado 'caso BPN'.

O PS já decidiu: vai deixar cair Vítor Constâncio. O relatório final da comissão parlamentar de inquérito ao BPN será crítico para com a actuação do governador do Banco de Portugal neste caso. E sê-lo-á com o consentimento da maioria socialista na comissão.

Face à acumulação de indícios na comissão de inquérito apontando para uma actuação negligente do banco central face ao Banco Português de Negócios, a direcção da bancada parlamentar socialista já percebeu que é impossível ilibar Constâncio. Isto por mais importante que seja a ligação histórica do governador ao PS (foi secretário-geral do partido de 1986 a 1989). "É impossível não criticarmos", admitiu ontem ao DN um membro da direcção parlamentar socialista.

Resta agora saber as consequências políticas que terá sobre a continuidade de Constâncio como governador a aprovação de um relatório crítico da comissão de inquérito. Por lei, um processo de exoneração forçada é muito complexo, tendo que passar pelo Banco Central Europeu, que nos seus estatutos garante a independência dos chefes dos bancos centrais face aos respectivos governos. A nomeação ocorre por proposta do ministro das Finanças, em resolução do Conselho de Ministros.

Falhando o apoio do PS na comissão parlamentar de inquérito, isso significa que deixa de existir o apoio do respectivo Governo. Foi um governo do PS que nomeou Constâncio governador pela primeira vez (Fevereiro de 2000) e foi um Governo do PS (o actual) que o reconduziu (Maio de 2006). O consulado do ex-secretário-geral do PS à frente do banco central "apanhou" todo o processo de degradação do BPN, que levou à necessidade, inédita desde o período revolucionário, de o Governo nacionalizar o banco, para evitar a sua falência. O "buraco" no BPN está avaliado em 1800 milhões de euros.

A constatação, pelo PS, de que é impossível ilibar o governador de responsabilidades no caso, será, no conjunto das pressões para que Constâncio se demita, uma espécie de cereja no topo do bolo.

As vozes mais veementes defendendo que se deve demitir têm-se ouvido no CDS. Começando por Paulo Portas, líder do partido, e acabando em Nuno Melo, o coordenador dos deputados centristas na comissão de inquérito. Em Novembro do ano passado, face a exigências de Portas para que se demitisse, Constâncio respondeu: "Nada me pesa na consciência em termos de ter cometido qualquer acto, deliberado ou por omissão, para ter contribuído para esta situação."

O PCP exige o mesmo. Anteontem o deputado Honório Novo, membro da comissão parlamentar de inquérito, afirmou que "Vítor Constâncio já tem matéria de facto e de conteúdo para ter pedido a sua demissão." Fê-lo quando confrontado com o facto de o Banco de Portugal ter recusado enviar vários documentos requeridos pela Assembleia. "A punição para o crime de desobediência qualificada está definida no código penal com pena de prisão ou multa", comentou o parlamentar comunista. O Bloco também já tinha pedido a demissão do governador.

Constâncio disse ontem, no Parlamento, que a oposição lhe faz exigências de supervisão que transformariam o banco central numa espécie de "KGB e FBI juntos".

Na oposição, o PSD foi, até agora, o único partido que não exigiu a Constâncio que se demitisse. Na verdade, dentro do PSD, só o ex-líder Luís Filipe Menezes se pronunciou nesse sentido. Em Março passado, num jantar promovido por um blogue do Porto, o presidente da câmara de Gaia disse que "há muito" que Constâncio se deveria ter demitido do cargo. "Não digo que tenha tido algo a ver [com o escândalo no BPN] mas Jorge Coelho também nada teve a ver com a queda da Ponte de Entre-os-Rios e demitiu-se quando ela aconteceu", disse.

Já em Janeiro do ano passado, Menezes tinha pedido o mesmo - então ainda líder do PSD - por causa do escândalo à volta do BCP. "Queremos saber se o governador do Banco de Portugal há três anos sabia exactamente o mesmo que soube dias atrás quando tomou a iniciativa de inibir um conjunto de administradores do BCP. Se isso se vier a verificar nós vamos exigir que seja demitido, que seja afastado do seu cargo", disse então. »

in DN online, 28-5-2009




ERC adverte "Cabaret da Coxa" de Manuela Moura Guedes...

«Os membros da Entidade Reguladora da Comunicação Social decidiram, ontem, condenar a TVI por alegadas falhas no "rigor e isenção" do Jornal Nacional de 6ª feira, apresentado por Manuela Moura Guedes.

As queixas, apresentadas em Março por três espectadores - precisamente na altura em que a TVI divulgou o DVD da conversa em que Charles Smith envolvia o primeiro ministro no caso Freeport -, foram aceites pelos membros da reguladora que lhes dá razão.

A deliberação foi aprovada com os votos de quatro dos cinco membros que constituem a ERC: o presidente Azeredo Lopes, o vice-presidente Elísio Oliveira e os vogais Estrela Serrano e Assis Ferreira. Apenas Gonçalves da Silva votou contrariamente.

A TVI ainda não reagiu. »

in Expresso online, 28-5-2009


Tribunal da Relação de Guimarães: A (in)Justiça do juiz-relator Gouveia Barros...


«Gouveia Barros, o juiz-relator do Tribunal da Relação de Guimarães que decidiu que Alexandra, a menina russa de seis anos, fosse entregue à sua mãe biológica, declara, em exclusivo ao Expresso, estar "perturbado e surpreendido" com as imagens, transmitidas esta semana pelo canal de televisão russo NTV, onde são visíveis as agressões da mãe sobre a filha.

"No processo, a criança já se queixava de algumas agressões físicas da mãe. Mas esse não é motivo para eu separar uma mãe de uma filha". Perante o que viu na televisão, admite que Natália (a mãe biológica de Alexandra) não interiorizou alguns valores importantes enquanto viveu em Portugal. "Mas não havia nada no processo que apontasse para aquilo", defende-se Gouveia Barros.

O magistrado salienta ainda que a sentença dependeu dos factos disponíveis que tinha naquela altura. E, segundo ele, não havia no processo qualquer referência de que a mãe fosse alcoólica ou prostituta. "A lei defende a manutenção da mãe biológica com a criança. E mesmo que soubéssemos que ela era prostituta não era motivo, por si só, para as separar."

A polémica decisão dos juízes do Tribunal da Relação de Guimarães foi tomada em oito dias, um tempo recorde justificado pelo processo de expulsão accionado pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, que pendia sobre Natália, desde Março de 2006. Um facto novo, e que se tornou no principal argumento para a decisão do colectivo de juízes.

"Se ela (Natália) continuasse a viver em Portugal, a nossa decisão não poderia ser a mesma. A mãe não tinha condições de habitabilidade, nem estrutura financeira para tomar conta da miúda.
Já a família de acolhimento, pelo contrário, tinha tudo para acolher a criança." E acrescenta: "Só um juiz insensato atiraria uma garota para o colo de uma mãe sem condições para a educar e tomar conta dela."

O juiz arrepende-se com alguns dos excessos de linguagem utilizados no acórdão, nomeadamente quando refere que a mãe de acolhimento é movida por um sentimento de 'maternidade serôdia'. "Cometemos alguns excesso de linguagem. É a minha auto-crítica.".

Gouveia Barros considerava inaceitável que Florinda usasse o argumento de querer ser mãe de uma menina, apenas porque já tinha dois rapazes. "Fiquei chocado. A minha animosidade por Florinda vem daí, confesso. Mas penitencio-me por isso. Até porque a vi a falar na televisão e apercebi-me que não é a mesma pessoa que julgava. As declarações dela, da altura, foram mal vertidas para o papel".

Gouveia Barros não se considera surpreendido pelo mediatismo em redor do caso. Mas defende que tem sido alvo de críticas injustas, "de pessoas que nem leram o acórdão". Hoje, prefere nem assistir aos noticiários e só passa superficialmente os olhos pelos jornais. "O caso tem-me afectado pessoalmente."

Leia no sábado, em exclusivo, a conversa com Gouveia Barros. O juiz revela ao Expresso os seus estados de alma sobre este processo. »
in Expresso online, 28-5-2009



Foi dito por Mário Soares...



"A justiça, em demasiados casos, não funciona, nomeadamente quando envolve políticos mediáticos ou desportistas igualmente mediáticos. Os juízes não se entendem com os procuradores e estes não se entendem com os responsáveis da Polícia Judiciária. Há a sensação de que disputam, entre si, para aparecerem nas televisões, como vedetas."

Mário Soares, "Visão", 28-05-2009, reproduzido no Público online.




quarta-feira, 27 de maio de 2009

Anunciou hoje a UMAR: 41 mulheres mortas pelos companheiros em 2008...


Pelo menos 41 mulheres foram assassinadas em 2008 em Portugal pelos companheiros, anunciou hoje a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), defendendo que este tipo de crime deve ser analisado separadamente no relatório de Segurança Interna.

De acordo com dados de um relatório da UMAR, elaborado com dados da imprensa e entregue hoje no Ministério da Administração Interna, em 82 por cento de 46 homicídios contabilizados o homicida foi o “outro membro ou ex-membro do casal”, fosse em situação de casamento, união de facto ou namoro.

“Este número assustador e trágico, que peca por defeito” devia ter sido tratado separadamente no Relatório Anual de Segurança Interna, considera a UMAR, argumentando que incluí-lo no universo de todos os homicídios cometidos “leva à incompreensão deste especialíssimo fenómeno criminal”.

O “homicídio perpetrado contra mulheres por maridos, companheiros e namorados” precisa de ser “invertido drasticamente”, o que passará por individualizar estes crimes nas estatísticas e fazer um “alerta social enviado pelos poderes públicos à sociedade que somos e que deve conhecer-se numa das suas mais profundas patologias”, defende a UMAR.

O relatório de Segurança Interna referente a 2008 contabilizou dez casos de morte por violência doméstica, situações em que as mulheres morreram em consequência das agressões sofridas.

Com os dados recolhidos na imprensa do ano passado, a UMAR traça um cenário bem mais grave: 41 mulheres mortas pelos companheiros em situações de violência conjugal, a que acrescem seis familiares – filhos, pais ou outros – também assassinados.

Em 28 dos casos, o assassino foi o companheiro da altura, fosse marido ou namorado, enquanto em 13 dos crimes, o homicida foi o ex-companheiro.

Em cinco situações elencadas, o agressor era descendente directo, familiar ou desconhecido.

A maioria das vítimas (20) tinha entre 24 e 35 anos. Quanto aos agressores, a maioria tinha entre 36 e 50 anos.

in DN online, 27-5-2009




Última Hora: Dias Loureiro renunciou ao cargo no Conselho de Estado...


"Dias Loureiro comunicou hoje a Cavaco Silva a sua renúncia ao cargo de conselheiro de Estado"

SIC Notícias, última hora, 27-5-2009




Foi dito por José Manuel Fernandes, director do jornal Público...


«Cada dia, cada hora, cada minuto que passar até Manuel Dias Loureiro apresentar o seu pedido de demissão do Conselho de Estado degrada a qualidade da nossa democracia porque destrói a confiança dos cidadãos nas instituições da República.

...

Se tivesse um mínimo de decência, se não sofresse de uma indesmentível “problemática do ego”, também já teria entendido que a sua teimosia embaraça todos os restantes membros do Conselho de Estado – alguns dos quais já o verbalizaram – e coloca numa situação politicamente insustentável o Presidente da República.

Mas a decência e a lealdade não parecem fazer parte das qualidades de um dos políticos portugueses que mais enriqueceu durante e depois de ter exercido cargos públicos.»

in Editorial do Público, 27-5-2009




José Oliveira e Costa adverte...



"Eu sei mais do que aquilo que disse."

José Oliveira e Costa, ontem no final da Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso BPN, acrescentando que está "a guardar uma série de informação, que não é útil a esta comissão para usar mais tarde". Jornal i, 27/05/2009, reproduzido no Expresso online.



Esta advertência de José Oliveira e Costa é só para o senhor de cima, ou também é para o senhor de baixo?




terça-feira, 26 de maio de 2009

Islândia: Aberta caça à baleia apesar de protestos...



A época da caça à baleia abriu hoje na Islândia enfrentando críticas de organizações ecologistas contra o aumento das quotas de caça para este ano.

A quota de captura de cetáceos pela Islância para este ano subiu para 100 baleias "minke" e 150 baleias comuns, contra 40 "minke" e apenas nove baleias comuns em 2008, apesar de apelos internacionais contra o alargamento das quotas, decidido pelo governo demissionário do ex-primeiro ministro Geir Haarde e confirmado pela actual coligação de esquerda no poder.

A Islândia retomou a caça da baleia em 2006, depois de 16 anos de moratória.

"Esperamos capturar hoje a primeira baleia Minke", disse a jornalistas um dos pescadores a bordo do navio baleeiro Johanna AR que deixou ao início da tarde o porto de Reiquejavique.

O Fundo Internacional para a Protecção dos Animais (IFAW), uma ONG britânica, enviou à embaixada da Islândia em Londres uma carta em que apelou para que as autoridades islandesas anulem a época de caça.

Os baleeiros islandeses caçam em baías afastadas de Reiquejavique, sendo a caça proíbida nas imediações do porto da capital para não interferir com a actividade turística de observação de cetáceos, que decorre até Setembro.

De acordo com o director da Associação de Baleeiros da Islândia, Gunnar Bergmann, metade da carne das baleias capturadas será vendida no mercado local, sendo a outra metade exportada para o Japão.

A Islândia, que viu a sua economia devastada pela crise financeira, e a Noruega são os únicos países a praticarem a caça comercial de cetáceos. O Japão caça igualmente baleias, sob a justificação de fins científicos apesar de a carne ser comercializada.

in JN online, 26-5-2009




Cavaco e as conversas da treta...



"Não fiquem em casa. Não vão para férias, não aproveitem os feriados que vêm a seguir e compareçam nos locais de voto."

Cavaco Silva, Presidente da República, apelando ontem ao voto dos portugueses nas eleições europeias de 7 de Junho. Diário de Notícias, 26/05/2009, reproduzido no Expresso online.


- Conversas da Treta, de José Pedro Gomes e António Feio -



Nota:
Os apelos à participação cívica dos cidadãos, feitos por um presidente da República que mantém como seu Conselheiro alguém que está envolvido no maior escândalo financeiro de Portugal, são para levar a sério?

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.