Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

domingo, 10 de maio de 2009

João Pereira Coutinho: Ninguém disfarça?


Qual a diferença entre um bom e um mau político? Resposta: o primeiro ainda disfarça. Em Portugal, ninguém disfarça. Há uns tempos, os deputados aprovaram um mecanismo de financiamento partidário que, ao permitir avultadas quantidades em dinheiro vivo, serve de convite à corrupção mais mafiosa. Só uma criatura votou contra.

Mais recentemente, Elisa Ferreira, candidata do PS às europeias e às autárquicas, declarou com orgulho que só está nas europeias ‘por empréstimo’. A ideia de Elisa é ir a Bruxelas assinar o nome e regressar logo para o Porto.

Moral da história? Os nossos políticos são tão bons que até admitem tudo: a corrupção como forma de vida e a natureza mendaz das candidaturas em que participam. Enganam-se os que pedem mais ética na política. Eu, por mim, já ficava contente com alguma estética.
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João Pereira Coutinho, Colunista, in CM online, 10-5-2009

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.