A nova Confraria da Punheta de Bacalhau pretende promover esta iguaria que, ao contrário de outras receitas como a do pastel de nata, é algo que "pertence ao povo, como prato gastronómico" tradicional, defendem os seus promotores.
A criação desta nova irmandade vai ser formalizada sábado em Cacilhas, tendo como meta principal "pugnar pela elevação da gastronomia portuguesa" e pelos pratos tradicionais, explicou à Lusa o fundador da Confraria da Punheta de Bacalhau Hernâni Magalhães.
As expectativas para sábado são elevadas até porque os promotores desconhecem quantas pessoas pretendem aderir à Confraria da Punheta de Bacalhau mas, para já, está confirmada a presença de cerca de 30 pessoas para este primeiro acto solene, a realizar ao final da tarde na Casa da Juventude de Cacilhas.
O prato tradicional, com base em bacalhau cru desfiado e azeite com muito tempero, é um petisco quase obrigatório em qualquer casa de pasto portuguesa.
"Começou-se a falar muito de confrarias, como a do pastel de nata", recordou Hernâni Magalhães, que preferiu apostar numa irmandade "vocacionada para a gastronomia típica e popular portuguesa".
O pastel de nata "é uma coisa focalizada em Lisboa, junto a Belém" e, apesar de se consumir um pouco por todo o mundo devido aos produtos congelados, "não compete com a Punheta de Bacalhau" porque esta iguaria tem uma "longa tradição e história cultural", reforçou.
A Punheta de Bacalhau era "muito usual em qualquer aldeia portuguesa" até porque, noutros tempos, o bacalhau tinha preços mais acessíveis, recordou.
A confraria não quer combater nada nem ninguém mas "apenas afirmar a Punheta de Bacalhau" como uma das marcas portuguesas, procurando preservar a gastronomia de "elevada qualidade, sem preocupações estéticas", concluiu.
Texto in DN online, 22-5-2009
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