«O Benfica anunciou hoje que vai apresentar queixa-crime contra o "Correio da Manhã", na sequência da notícia do jornal segundo a qual Luís Filipe Vieira teria pedido à PSP para "facilitar" com a claque No Name Boys .
Em comunicado, o clube 'encarnado' diz ainda que irá, igualmente, apresentar queixa-crime contra o autor da notícia e contra o proprietário do jornal Paulo Fernandes, "caso se prove que este teve conhecimento do teor da mesma atempadamente".
Em causa está a notícia que faz a manchete de hoje do "Correio da Manhã", "Cabecilhas dos Nos Name protegidos por Vieira", na qual o diário revela os pormenores de um relatório da PSP a que teve acesso e que "arrasa o presidente do Benfica".
De acordo com o jornal, Luís Filipe Vieira "garantiu ao Ministério Público nem sequer reconhecer os No Name Boys, acusando a polícia e a segurança privada por mau controlo de armas e material incendiário nos estádios", no âmbito de um processo decorrente de uma operação de que resultou a detenção de 31 elementos ligados à claque, dos quais sete ficaram em prisão preventiva.
No entanto, no relatório da PSP citado pelo "Correio da Manhã", pode ler-se que Vieira "reúne com a claque para lhes dar todo o apoio, deixando entrar as tochas nas bancadas da Luz; despede o chefe de segurança do clube por ajudar a PSP a identificar os criminosos - e almoça com o comandante da policia para lhe pedir que 'facilite' na presença policial junto dos No Name Boys".
Ainda de acordo com a notícia, a PSP conclui "que a direcção do Benfica é refém da claque ilegal pela capacidade de votação em bloco - quatro mil elementos - nas assembleias".
O Benfica considera que a notícia "mistura factos falsos" com "interpretações perversas e distorcidas", já que o clube "adoptou conduta rigorosamente inversa àquela que o 'Correio da Manhã' lhe imputa, ou seja, retirou-lhes qualquer tipo de apoios".
Para o Benfica, o próprio presidente do clube fez um esforço na legalização das claques, "apresentando propostas que visavam a alteração do actual quadro legal e que sugeriam uma maior responsabilização dos seus elementos". »
in Expresso online, 18-5-2009
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