«Acima de tudo, Cavaco Silva quer ser reeleito daqui a um ano. Para isso, é essencial um período de ‘acalmação’ entre o Governo e a Oposição à direita.
Não é só para aprovar este Orçamento – a mansidão deverá durar até às presidenciais, retirando Cavaco do centro da crispação como Governo e colocando-o de novo na antiga retórica do garante da estabilidade.
Tal só será alcançado com um PSD domesticado. Um líder a sério, com urgência de afirmação política, seria perigoso para Cavaco – a reeleição exige que toda a luta anti-socrática venha da esquerda,da mesma que tem de apoiar Alegre.
Só que o PSD carece de ideias e de gente nova como nunca na sua história. Uma vez mais, os interesses do Cavaco e do PSD são incompatíveis. Quem ceder, perde.»
Não é só para aprovar este Orçamento – a mansidão deverá durar até às presidenciais, retirando Cavaco do centro da crispação como Governo e colocando-o de novo na antiga retórica do garante da estabilidade.
Tal só será alcançado com um PSD domesticado. Um líder a sério, com urgência de afirmação política, seria perigoso para Cavaco – a reeleição exige que toda a luta anti-socrática venha da esquerda,da mesma que tem de apoiar Alegre.
Só que o PSD carece de ideias e de gente nova como nunca na sua história. Uma vez mais, os interesses do Cavaco e do PSD são incompatíveis. Quem ceder, perde.»
Carlos de Abreu Amorim, Jurista, in CM online, 20-01-2010
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