A equipa de ajuda humanitária portuguesa, que já chegou aos Barbados, deverá descolar por volta das 19:30 (hora de Lisboa) rumo ao Haiti, onde deverá aterrar por volta da meia-noite (hora de Lisboa), adiantou hoje o coordenador da missão.
"Chegados lá vamos ter de estabelecer contactos com o centro de coordenação das Nações Unidas para receber informações", explicou Elísio Oliveira.
Em Port-au-Prince, devastada pelo forte sismo de terça-feira, que provocou um número indeterminado de mortos, a equipa portuguesa, com cerca de 30 elementos, irá fazer o reconhecimento do local, sendo que a grande preocupação neste momento é a segurança.
"Independentemente da presença dos Estados Unidos, a situação é ainda complexa" alertou o coordenador da missão durante o briefing realizado esta tarde com toda a equipa portuguesa, a quem pediu "humildade" e "muita atenção na forma como lidar com todo o processo".
A missão da equipa portuguesa consiste em montar, na capital haitiana, um campo para alojamento de emergência/temporário e com equipamento para intervenção médica.
O coordenador da missão portuguesa lembrou que "existe no terreno grande necessidade de tendas para alojar pessoas".
Neste momento, ainda não é conhecido o local onde a equipa portuguesa vai montar o acampamento.
"O primeiro ponto de abrigo é o aeroporto" de onde os elementos da missão portuguesa só deverão sair quando tiverem informações do local onde será possível montar o acampamento.
Também ainda não é possível precisar o número de pessoas que poderão ser apoiadas no campo português, uma vez que a capacidade depende do tipo de situações que aparecerem: assistência aos feridos, dar auxílio a pessoas em trânsito ou acolher famílias que vão permanecer no campo, explicou Elísio Oliveira.
Segunda-feira deverá sair de Lisboa mais um avião com mais equipamento de ajuda humanitária, nomeadamente com mais tendas e equipamentos necessários para a intervenção médica do INEM.
O avião da Força Aérea Portuguesa Hércules C-130 com ajuda humanitária portuguesa destinada ao Haiti chegou às 05:00 de Lisboa a Bridgetown, capital dos Barbados, onde aguarda autorização para aterrar no aeroporto haitiano de Port-au-Prince.
Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), hoje divulgadas, revelam que o sismo causou entre 40 mil a 50 mil mortos.
in "i" online, 17-01-2010
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