Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

terça-feira, 8 de junho de 2010

Afinal, ainda há homens cuja realização pessoal dispensa o poder dos milhões e dos holofotes...

Matemático Grigori Perelman recusa receber prémio de um milhão de dólares.




O matemático russo Grigori Perelman faltou hoje à entrega de um prémio de um milhão de dólares do Instituto de Matemática Clay, nos Estados Unidos, por ter demonstrado a hipótese de Poincaré, um dos mais difíceis problemas da Matemática.

"Não posso explicar a escolha dele, mas respeitámo-la. Ele (Perelman) não quer que interfiram na sua vida privada", declarou James Carlson, director do instituto.

Carlson adiantou esperar que o matemático russo de origem judaica altere a sua decisão, mas, caso contrário, o dinheiro será entregue a instituições de caridade.

Grigori Perelman, que nasceu em 1966, tornou-se conhecido por ter resolvido um dos sete desafios do milénio na Matemática. A hipótese criada pelo matemático francês Jules Henri Poincaré (1854-1912), que, de forma simplificada, formula que qualquer espaço tridimensional sem furos seria equivalente a uma esfera esticada.

Poincaré e os matemáticos que vieram depois dele acreditavam que a hipótese estaria correta, mas não conseguiram uma prova algébrica sólida para elevar a hipótese à categoria de teorema.

A complexidade do assunto levou o Instituto de Matemática Clay a incluir o problema entre os "sete desafios do milénio". Para cada desafio que fosse solucionado, o instituto prometeu pagar um prémio de um milhão de dólares.

Em 22 de Agosto de 2006, no Congresso Internacional de Matemáticos, realizado em Madrid, Perelman foi contemplado com a Medalha Fields, o equivalente a Prémio Nobel, tendo no entanto recusado o galardão.

O matemático, que vive em condições muito humildes em São Petersburgo, é conhecido por se recusar categoricamente a falar com a imprensa e a participar em sessões públicas.
Texto in JN online, 08-6-2010
Imagem in Google
Nota do Zorate:
Quando eu for grande quero ser assim como Grigori Perelman.
Ao ler esta notícia veio-me à memória o meu amigo Osvaldo Maggi.

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.