Bloco de Esquerda expulsa primeiro militante na sua história
«A Mesa Nacional do Bloco de Esquerda aprovou no passado sábado a expulsão do partido de João Pereira, eleito em 2009 vereador na Câmara Municipal de Olhão e líder naquela concelhia, uma decisão que é pioneira entre os bloquistas.
- João Pereira -
João Pereira confirmou à agência Lusa já ter sido notificado por carta da expulsão do BE, mas contesta a decisão e adiantou que está a preparar a argumentação para contestar a decisão e que irá recorrer para que o assunto seja discutido na Convenção Nacional, que já está marcada para 14 e 15 de Maio.
Em Novembro do ano passado, o BE já tinha anunciado a retirada da confiança política ao autarca - militante do partido desde Maio de 2009 -, alegando que este "faltou à verdade" sobre vários processos, designadamente sobre uma alegada falência fraudulenta de uma empresa e sobre dívidas ao fisco.
João Pereira, vereador sem pelouro em Olhão, disse que vai continuar "como independente" na autarquia e que está convencido de que a sua expulsão do partido tem "motivações políticas" e não está relacionada com os processos judiciais.
"Eu sempre disse ao BE todos os problemas que tinha tido, esses processos são públicos, e cheguei a pôr o meu cargo à disposição e eles nunca aceitaram. O BE até já me tinha defendido de forma pública anteriormente", referiu.
Em causa, segundo João Pereira, está o facto de não ter apoiado Manuel Alegre nas últimas eleições presidenciais e de se ter manifestado publicamente contra essa decisão do BE, arrastando consigo a concelhia bloquista de Olhão.
O autarca foi também um dos militantes bloquistas a assinar o pedido de uma convenção extraordinária para discutir o apoio nas presidenciais.
"Foram buscar problemas que eu tive [para a expulsão], mas vou recorrer desta decisão e eu vou apelar para a Convenção, para dizer o que tenho a dizer", declarou João Pereira.
Na reunião da Mesa Nacional do BE, no último sábado, houve ainda uma proposta de adiamento da expulsão de João Pereira para que se pudesse consultar o processo, mas que foi rejeitada pela maioria, disseram à Lusa vários elementos com assento naquele órgão.»
Texto in JN online, 12-02-2011
Imagem in Google
Notas do Zorate:
Francisco Louçã vem praticando, caso a caso, os tiques da velha política que tanto prometeu combater antes de chegar ao Parlamento.
Com um PCP conservador que convive mal com a liberdade, e um PS(ócrates) sempre com as mãos estendidas aos interesses neo-liberais, Portugal precisava de ter um Bloco de Mulheres e Homens Livres e Revolucionários. Homens e Mulheres disponíveis para Construir Soluções. Mas tem somente um Bloco de Revoltados sempre prontos, apenas, para berrar nas ruas.
Ora, contestar não basta!
Ora, contestar não basta!
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