Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Celeste Caeiro - A Mulher do Cravo do 25 de Abril



 Celeste Caeiro

A mulher que fez do cravo o símbolo do 25 de Abril de 1974.
Em 1974 Celeste Caeiro tinha 40 anos e vivia num quarto que alugara no Chiado, com a mãe e com a filha.
Trabalhava na rua Braamcamp, na limpeza do restaurante Franjinhas, que abrira um ano antes.
O dia de inauguração fora precisamente o 25 de Abril de 1973.
O gerente queria comemorar o primeiro aniversário do restaurante oferecendo cravos à clientela.
Tinha comprado cravos vermelhos e tinha-os no restaurante, quando soube pela rádio que estava na rua uma revolução.
Mandou embora toda a gente e acrescentou: "Levem as flores para casa, é escusado ficarem aqui a murchar".
Celeste foi então de Metro até ao Rossio e aí recorda ter visto os "chaimites" e ter perguntado a um soldado o que era aquilo.
O soldado, que já lá estava desde muito cedo, pediu-lhe um cigarro e Celeste, que não fumava, só pôde oferecer-lhe um cravo.
O soldado logo colocou o cravo no cano da espingarda.
O gesto foi visto e imitado.
No caminho, a pé, para o Largo do Carmo, Celeste foi oferecendo cravos e os soldados foram colocando esses cravos em mais canos de mais espingardas.
(Fonte: RTP)

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.