- Eduardo Dâmaso -"O Portugal de brandos costumes costuma minimizar estas coisas. Os relativizadores da questão costumam argumentar que, por cá, até os bandidos são rascas e, por isso, não há questões que se coloquem em matéria de segurança dos magistrados e dos próprios polícias.
Não temos a verdadeira máfia, aquela que assassinou o general Carlos Dalla Chiesa, herói italiano no combate ao terrorismo e à máfia que foi deixado sem segurança à mercê dos seus assassinos. Acham que não temos um crime muito organizado e que justifique o reforço do aparato do Estado em matéria de segurança pessoal de individualidades. Só uma profunda miopia pode justificar este tipo de posições.
Os sinais dos últimos anos são evidentes: mais crime, mais criminosos, mais sofisticação, mais tiros e armas de fogo, mais mortos, mais gente disposta a matar por dá-cá-aquela-palha, mais grupos que actuam de forma violenta e concertada, com perfeito conhecimento dos mecanismos legais e processuais. Basta olhar para o que acontece todos os dias nos nossos tribunais.
É evidente que também há mais e melhores respostas do Estado e das forças policiais. Ignorá-lo seria desonesto. Agora, não tenhamos ilusões: um dia destes pode acontecer algo de verdadeiramente sério e, como é hábito neste País, só depois haverá discursos, medidas, promessas, intenções. A tristeza do costume..."
Eduardo Dâmaso, Director-adjunto, in CM online, 08-5-2009
"Magistrados vão ver correr muito sangue"
"O Departamento de Investigação e Acção Penal recebeu esta semana ameaças, pela condenação do grupo conhecido como ‘Máfia da Noite’, e entre as quais esta mensagem: "Os magistrados ainda vão ver muito sangue." O recado foi entregue por interposta pessoa no edifício da Avenida Casal Ribeiro, Lisboa, dias depois de o antigo polícia Alfredo Morais e Paulo Baptista fugirem à Justiça, já condenados à prisão por chefiarem o grupo criminoso."
in CM online, 08-5-2009
( ex-polícia Alfredo Morais, chefe do bando, e foragido à Justiça )
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