Revolta contra a ditadura da magreza ou o início de uma nova era em que “gordura é formosura”?
Em tempos em que as lipoaspirações, cirurgias plásticas, bandas gástricas e dietas são rainhas há quem tenha “orgulho em ser gordo” ou em inglês fat pride.
O apoio a estas mulheres que assumem o “amor” pelas curvas está a ganhar adeptos em todo o mundo e em sectores normalmente mais cépticos como a moda ou mesmo em alguns segmentos da comunidade médica.
A vocalista dos “The Gossip” pode vir mesmo a ser considerada um dos ícones do fat pride. Beth Ditto já pousou nua em duas revistas inglesas NME e Love e além disso criou uma marca de roupa para mulheres de números grandes. Mas o fat pride tem outras referências na televisão como Oprah Winfrey ou a actriz Brooke Elliot.
Também a actriz Joy Nash colaborou com este movimento a favor das pessoas mais gordinhas ao gravar o vídeo “A fat rant” (veja aqui o vídeo) em que defende que é possível ser gorda e feliz.
Já no mundo da moda a revista Glamour ajudou a criar um olhar diferente ao colocar na capa a fotografia de uma mulher com a barriga saliente. A discussão em torno da decisão da revista fez com que decidissem repetir a dose mas desta vez com uma foto com várias mulheres de tamanha “extra.”
Também o Brasil seguiu a tendência e passou a falar-se mais de ser gordo em programas de televisão. Uma tendência que passa também para o mundo da moda e mesmo da publicidade.
A tendência começou em 2004 com uma campanha da marca Dove e na televisão americana o concurso “America’s next top model”, da ex-modelo Tyra Banks tem dado visibilidade a algumas modelas “size plus”. Este orgulho tem feito crescer o sector do vestuário XXL, com lojas especiais para pessoas mais fortes.
As defensoras do fat pride não querem no entanto que se pense que é uma apologia à obesidade. Defendem apenas que se trata de “felicidade” e realização pessoal.
in "i" online, 03-01-2010
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