"A Caixa Geral de Aposentações negou o pedido de reforma à magistrada Conceição Oliveira, que sofre da doença bipolar, condição que alterna períodos de euforia e depressão. A junta médica que analisou o caso considerou que a incapacidade para trabalhar não é total.
Há dois anos que a juíza Conceição Oliveira sente que lhe falta algo de essencial para que possa voltar a execer bem o seu trabalho. Por essa altura, durante um caso de negligência médica, a juíza começou a sentir ídio pelas testemunhas e as audiências eram-lhe intoleráveis.
Consciente de que não podia continuar a fazer o trabalho devido à doença biploar que lhe foi diagnosticada (condição que provoca alteração de humor, entre a depressão e a euforia), pediu reforma ao Conselho Superior da Magistratura que aceitou o pedido.
Conforme determina a lei, o pedido foi encaminhado para a Caixa Geral de Aposentações. O parecer da junta médica é de que as capacidades da juíza estão parcialmente reduzidas, mas que Conceição Oliveira não está definitivamente incapaz para a profissão.
A solução passa, assim, por um regime de trabalho especial. A juíza esteve de baixa durante mais de um ano e hoje voltou aos Juízos Criminais de Lisboa, embora diga com convicção: "Não vou mais julgar". "
in SIC online, 04-9-2008
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