"O cheiro corporal dos homens é decisivo para seduzir uma mulher, que através do olfacto consegue identificar aqueles que são biologicamente compatíveis, revelou uma investigadora norte-americana.
Rachel Herz é professora da Universidade de Brown e, nos últimos 17 anos, dedicou-se a estudar os mecanismos do olfacto. Esteve em Lisboa esta quinta-feira e foi uma das oradoras convidadas da conferência "As regras da Atracção" na Culturgest.
"O odor corporal tem um grande efeito para as mulheres, que se sentem sexualmente atraídas por determinados cheiros. A mulher consegue reconhecer quem é biologicamente compatível e quando um homem cheira "mal" cria-se uma barreira que não permite intimidade", explicou a investigadora.
A explicação prende-se com a reprodução: "As mulheres são muito selectivas na hora de escolher o parceiro e futuro pai dos filhos. E por isso procuram o homem mais saudável". Ao que parece, através do olfacto as mulheres conseguem perceber qual é a escolha acertada.
Lembrando que actualmente os homens conseguem "esconder" os seus cheiros corporais com recurso a perfumes, Rachel Herz explica que depois de apaixonadas as mulheres passam a aceitar os cheiros, mesmo que desagradáveis.
"Cada pessoa tem um cheiro. Não existem duas pessoas com o mesmo cheiro, a não ser que sejam irmãos gémeos", lembrou a professora.
Outra das novidades apresentada por Rachel Herz prende-se com o facto de os homens gays preferirem o cheiro dos outros gays ao dos homens heterossexuais assim como estes também repudiarem o cheiro dos gays, sem nunca saber à partida qual a orientação sexual do cheiro que estão a sentir.
A conferência "As regras da atracção", que termina sexta-feira, pretende fazer um ponto da situação sobre as relações na sociedade actual.
"É obvio que não existem regras da atracção definidas. O que há é um conjunto de circunstâncias que fazem com que hoje se verifique um conjunto de comportamentos", lembrou Rui Andrade, comissário da conferência que vai abordar ainda temas como o desejo sexual feminino, as atracções entre prostitutas e clientes ou os brinquedos sexuais."
in JN online, 13-11-2008
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