Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Selecção de 10 grandes vinhos a menos de 10 euros cada...

São de várias regiões mas todos de muito boa qualidade e deverá bebê-los à temperatura correcta, entre os 18 e 20º.


Porta Velha
2005 tinto Trás-os-Montes
Das terras durienses, produzido em Valle Pradinhos, surge este tinto de grande qualidade se atendermos ao preço muito competitivo que tem. Caso não encontre este pode escolher o 2006, que também servirá na perfeição. É um tinto a meio caminho entre a potência e a elegância, característica essa que lhe confere uma boa aptidão gastronómica que irá desde o galo capão até ao arroz de polvo ou mesmo ao polvo à lagareiro.


Chaminé
2007 tinto Alentejo
Produzido na Herdade dos Cortes de Cima, zona da Vidigueira, este tinto tornou-se um bom exemplar de tinto alentejano, com as características notas de fruta madura - ameixa preta, compota - juntando-se depois a outras (também) típicas sugestões de couro. É um tinto para o borrego no forno, para lombos de porco, para assados onde pontifique a pasta de pimentão, o colorau e os alhos. Pode servir directamente da garrafa.



Palha Canas
2004 tinto Reserva Estremadura
A Casa Santos Lima é um dos principais produtores da região estremenha, um dos que mais exporta e o que mais marcas tem no mercado. Este Palha Canas, que começou por ser o seu rótulo mais conhecido, tem de tempos a tempos a edição de um Reserva, que é sempre um tinto mais concentrado, mais enigmático. O tempo que este leva de vida tornou-o mais acessível, está macio e capaz de acompanhar até alguns doces feitos com muito ovos.



Quinta dos Aciprestes
2005 tinto Douro
A Real Companhia Velha há muitas décadas que tem marcas de vinho de consumo no Douro. Esta não é das mais antigas mas tem sido uma das que mantém uma boa consistência de qualidade. O vinho é de média estrutura, mais elegante do que potente mas, também por isso, perfeito para múltiplos pratos da consoada, com a vantagem acrescida de agradar a todos. Bacalhau com couves, porque não? Com broa? Ora bem...




Dom Rafael
2006 tinto Alentejo
Este tinto funciona como segunda marca da Herdade do Mouchão. É daqueles vinhos que se podem considerar um achado: muito fino nos aromas, com uma componente vegetal que lhe dá frescura e o coloca no "outro lado" do Alentejo, por comparação com o Chaminé, tem todas as condições para poder ser apreciado agora porque o estágio em cave pouco mais riqueza lhe iria dar. Não o sirva com os pratos mais pesados






Lavradores de Feitoria
2005 tinto Três Bagos Douro
Esta associação de lavradores do Douro não tem muitos anos de vida mas tem-se confirmado como uma referência de qualidade na região. A marca Três Bagos também existe em branco (da casta Sauvignon Blanc) e este tinto é uma aposta segura, melhor para beber em novo, uma vez que foi pensado para proporcionar bons momentos desde já; boa fruta, macio de boca, elegante mas com personalidade. Lavradores tradicionais com um pé na modernidade.







Prazo de Roriz
2006 tinto Douro
Segunda marca da quinta de Roriz, é um dos melhores tintos do Douro abaixo dos 10 euros, que alegrará qualquer mesa natalícia, por muito exigentes/conhecedores que possam ser os convivas. Combinação bem conseguida de fruta com sugestões de barrica, será perfeito para umas perdizes estufadas, no molho das quais se derreteu um quadrado de chocolate preto. De chorar por mais (perdizes e vinho).





Periquita
2005 tinto Reserva Setúbal
Feito à base de Castelão, com os acrescentos de Touriga Nacional e Touriga Franca, tem um estágio de 8 meses em barrica. Daqui resultou um tinto muito polido, capaz de boa prestação quer com o bacalhau da consoada quer com o peru natalício. Para os apreciadores, pode também ligar-se bem a queijos, principalmente os curados ou de meia cura. Não precisa de decantação, mas ficará bem numa garrafa de cristal.









Fiúza Premium
2005 tinto Ribatejo
Temos aqui um bom exemplar da ligação entre uma casta portuguesa, a Touriga Nacional e a mais clássica das francesas, o Cabernet Sauvignon, feito por um australiano e um português. Trata-se de um tinto requintado, com um perfil floral e vegetal, acrescido das notas da barrica. Será sempre um tinto para pratos menos temperados.




Vinha Paz
2006 tinto Dão
Não foi há muitos anos que este tinto surgiu pela primeira vez no mercado, mas desde cedo se tornou um sucesso pela qualidade que apresentou. Um grande equilíbrio é o que se pode esperar de um tinto do Dão, macio, com uma acidez perfeita que torna a prova um prazer. Ideal para pratos de cabrito no forno, será mais apreciado se for servido em copos finos, mas com boa dimensão que permitam usufruir dos aromas da fruta e da barrica.
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in Expresso online, 23-12-2008

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.