"O economista António Sampaio e Mello abandonou a presidência do gabinete de estudos do PSD para ir para os Estados Unidos. Uma perda para Manuela Ferreira Leite, que entregou o gabinete a Sofia Galvão.
O professor de Finanças, escolhido em Julho por Ferreira Leite para dirigir o grupo de estudos do PSD, optou por dar prioridade à sua vida profissional que o levará a fixar-se por tempo indeterminado nos Estados Unidos.
O JN sabe que Sampaio e Mello, deparando-se desde Setembro, com dificuldades financeiras para contratar docentes universitários e investigadores para fazerem estudos para o PSD, começou a duvidar da possibilidade de fazer do gabinete de estudos uma organização com mérito na preparação de propostas alternativas à governação socialista.
Entre estar em Lisboa a full time, constrangido por falta de meios para liderar o gabinete de estudos, e no estrangeiro, onde assenta a sua vida profissional quotidiana, o professor de Finanças optou por esta segunda via.
A tutela do gabinete passou para a alçada directa a comissão pemanente que ontem esteve reunida com este tema, entre outros, em cima da mesa. O gabinete de estudos - organização dentro do PSD encarregada de preparar o programa eleitoral do partido - estava já a ser orientado por dois vice-presidentes - Sofia Galvão e António Borges. A primeira assume, agora, o comando oficial da estrutura. Mas o "operacional" é Carlos Moedas, que funciona como uma espécie de chief operating officer (COO) a liderar todas as acções no terreno e fazendo a articulação com os chefes dos grupos sectoriais.
Neste quadro, é provável que Sampaio e Mello se mantenha como conselheiro de Manuela Ferreira Leite para os assuntos económicos. O economista está disposto também a colaborar com o Instituto Francisco Sá Carneiro, liderado por Alexandre Relvas, a quem muitos, no PSD, vêem como uma solução de futuro.
Nas últimas semanas Manuela Ferreira Leite tem sido pressionada de diversas formas, por parte de estruturas do partido, a clarificar o seu caminho. A proximidade das eleições autárquicas e das legislativas, e a delicada questão da escolha dos candidatos para as listas de candidatura está na origem da agitação."
in JN online, 03-12-2008
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