Francisco Louçã. Ontem na Comissão de Assuntos Constitucionais sobre o caso de fugas de informação nas secretas, o dirigente bloquista criticou a passividade do primeiro-ministro que reiterou a confiança no Sistema de Informações da República Portuguesa e no seu secretário-geral, Júlio Pereira. Diário de Notícias, 31/05/2012, reproduzido no Expresso online. . .
«Christine Lagarde causou polémica ao dizer que os gregos deviam pagar os seus impostos, mas a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI) tem um salário de 372.300 mil euros por ano, a que se juntam outros 66.640 mil de despesas de representação, totalmente livres de impostos, diz o jornal inglês "The Guardian".
A diretora do FMI - que numa entrevista publicada sábado disse estar mais preocupada com a África subsaariana do que com a Grécia e insinuou que o problema dos gregos era não pagarem impostos -, recebe ao todo 438.940 mil euros por ano sem ter de pagar qualquer taxa ao Estado.
O diário inglês revela ainda que Lagarde recebe mais do que o Presidente dos EUA, que está obrigado a pagar impostos.»
Cavaco Silva voltou a falar sobre os casos de Miguel Relvas. O Presidente da República espera que haja total transparência no esclarecimento. No Governo, o assunto está a provocar muito desconforto e há já quem defenda que o ministro deve sair. O requerimento do Bloco de Esquerda para audição do ministro Relvas no Parlamento é votado na próxima quarta-feira.
«Opinião dos Portugueses sobre Ministro Miguel Relvas acusado de ameaçar jornalista do jornal Público em que publicaria dados da sua vida privada caso esta publicasse uma noticia relativa ao Caso das Secretas.»
«Ex-conselheiro de Estado afirma que ministro está numa "situação muito difícil". Novas revelações sobre o relacionamento entre Miguel Relvas e Silva Carvalho, incluem três encontros e trocas de SMS, onde o social-democrata promete ver o que pode "fazer".
- António Capucho -
António Capucho, ex-dirigente do PSD e antigo conselheiro de Estado, considerou este sábado que as novidades sobre o relacionamento do ministro dos Assuntos Parlamentares e o ex-director do SIED, Jorge Silva Carvalho, deixam o primeiro numa “situação muito difícil”.
Em declarações à rádio TSF, o ex-secretário-geral do partido de Miguel Relvas, exige esclarecimentos e consequências: “A confirmar-se tudo isto e alguns dados parecem irrefutáveis, estamos perante situações gravíssimas que têm de ser esclarecidas e levadas às últimas consequências, porque a imagem e prestígio do Governo podem deteriorar-se rapidamente se não for prontamente estabelecido um esclarecimento para a opinião pública.”»
"Surpreendeu-me e chocou-me conhecer os métodos, os princípios e as práticas adotados por pessoas e empresas que desenvolvem as suas atividades livre e impunemente numa sociedade democrática.
Tendo tomado conhecimento, através da comunicação social, do conteúdo do relatório sobre mim produzido, no qual são referenciadas dezenas de calúnias e falsidades - algumas das quais de mau gosto e grotescas - decidi proceder às diligências necessárias, junto dos meus advogados, no sentido de responsabilizar criminalmente os autores do documento.
Quase 40 anos depois da instalação da democracia em Portugal, é lamentável que se continuem a praticar este tipo de métodos 'pidescos', que julgávamos erradicados e que o sistema judicial devia rapidamente punir, condenar e abolir".
Francisco Pinto Balsemão, presidente do Grupo Impresa (proprietário do Expresso, Visão e SIC) foi expiado por iniciativa do ex-diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa, Jorge Silva Carvalho, e em benefício da Ongoing, de Nuno Vasconcellos.
Em reação a esta notícia, o antigo primeiro-ministro e conselheiro de Estado lembra que a PIDE (a polícia política do Estado Novo) também o espiou, mas que agora, vivendo em democracia, o caso é mais grave.
"Ainda recentemente consultei os relatórios que a PIDE fez quando me espiava. Agora que vivemos em democracia, é muito mais grave. Nunca pensei que chegássemos a este ponto numa sociedade de direito democrático", disse.
Relata a imprensa de hoje que Jorge Silva Carvalho mandou investigar que empréstimos tinha Pinto Balsemão, bem como quem seriam os seus amigos, inimigos e aliados. O ex-expião terá recebido um relatório de 31 páginas com estas informações que consta do processo do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.
«Em entrevista exclusiva ao CM, o empresário e político do PSD, Ângelo Correia, conselheiro e amigo pessoal de Passos Coelho que foi responsável pelo programa eleitoral laranja em assuntos de serviços de informações, defende a demissão de Júlio Pereira do cargo de secretário-geral dos Serviços de Informação da República Portuguesa.
Ângelo Correia diz mesmo que "Júlio Pereira já devia ter pedido a demissão" da chefia das secretas, uma vez que é responsável politicamente por tudo o que lá se passou.
Na entrevista, que será publicada este domingo no CM, o presidente do conselho de administração do Grupo Fomentinvest, comenta ainda o caso que envolve o ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, e a sua continuidade no Governo, entre outros assuntos.»
«1 - Um leitor aproveitou um dos raros momentos de satisfação para ler o que
outros lhe escreveram, o que em si mesmo já não é notícia. Há pormenores que
importa realçar, como o "orgulho, admiração e agradecimento" pelos gestos e
insultos de um seu funcionário, o que é elucidativo do carácter do leitor e
consiste no mais forte apelo à violência no desporto de que há memória em
Portugal.
2 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que só tiram a
cabeça da toca de vez em quando e que nunca são capazes de dar a cara nas
repetidas derrotas.
3 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que se deixam
levar por textos a fingir de anjos e arcanjos, enquanto o passivo dos nove anos
de gestão do leitor galopou dos 83,9 para mais de 400 milhões de euros.
4 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que permitem a
quem nunca mostrou competência alterar os estatutos às escondidas para que
ninguém ouse disputar-lhe a presidência e assim possa continuar a enganá-los a
todos.
5 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que se deixam
contentar com dois campeonatos e uma taça enquanto o leitor enche pneus de
inveja com os títulos nacionais e internacionais do FC Porto.
6 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que ainda levam
a sério o leitor. Em 2003: "O Benfica será mais forte do que o Real Madrid". Em
2005: "Vamos arrasar na Europa". E em 2006: "Depois do Verão, seremos o maior
clube do mundo". Largos dias têm os Invernos...
7 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que pela força
do hábito não sabem lidar com a vitória. Podem continuar a tentar ganhar
eleições à nossa custa, mas continuam a ver o FC Porto ganhar camião de títulos.
E nem o camião nem os títulos são roubados.
8 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que fecham os
olhos à forma como o leitor enriqueceu. É o alpinismo social.
9 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que confundem
risco com linha, ou que julgam que coca-cola só tem quatro letras.
PS: Aguardamos que a Procuradoria-Geral da República investigue o ataque à
honra e à imparcialidade dos juízes e da polícia feito pelo leitor.»
«Adelino Cunha, adjunto do ministro Miguel Relvas demitiu-se ao ser questionado pela revista "Sábado" sobre umas mensagens trocadas com o ex-espiãoJorge Silva Carvalho.»
José Eduardo Moniz defende que Miguel Relvas "não tem sido um bom
ministro" e que "deve sair de cena" após o caso de alegadas pressões sobre o
jornal "Público".
Ramalho Eanes, que era o Presidente da República na altura de Camarate, deu uma entrevista à TVI, em 1995, onde afirmou que a credibilidade do Estado estava em causa e que 15 anos era tempo para se saber o que se tinha passado a 4 de Dezembro de 1980. Acrescentou que, a ter sido atentado, era necessário ir até ao fundo da investigação do motivo. E, hoje, 32 anos após Camarate, ainda não se sabe por que morreram Sá Carneiro e Amaro da Costa.
«O antigo administrador da Freeport Alan Perkins revelou hoje perante o Tribunal
do Barreiro que o então ministro do Ambiente José Sócrates era identificado como
Pinóquio, nome de código a quem se destinavam pagamentos ilícitos.»
No último ato oficial em Timor, a inauguração da Feira do Livro de Díli, o
Presidente salientou a sua participação na ratificação do Acordo Ortográfico em
Portugal, mas confessou que em casa continua a escrever como aprendeu na escola.
O novo documentário da equipa responsável por Dividocracia chama-se Castastroika e faz um relato avassalador sobre o impacte da privatização massiva de bens públicos e sobre toda a ideologia neoliberal que está por detrás. Catastroika denuncia exemplos concretos na Rússia, Chile, Inglaterra, França, Estados Unidos e, obviamente, na Grécia, em sectores como os transportes, a água ou a energia. Produzido através de contribuições do público, conta com o testemunho de nomes como Slavoj Žižek, Naomi Klein, Luis Sepúlveda, Ken Loach, Dean Baker e Aditya Chakrabortyy.
De forma deliberada e com uma motivação ideológica clara, os governos daqueles países estrangulam ou estrangularam serviços públicos fundamentais, elegendo os funcionários públicos como bodes expiatórios, para apresentarem, em seguida, a privatização como solução óbvia e inevitável. Sacrifica-se a qualidade, a segurança e a sustentabilidade, provocando, invariavelmente, uma deterioração generalizada da qualidade de vida dos cidadãos.
consequências mais devastadores registam-se nos países obrigados, por credores e instituições internacionais (como a Troika), a proceder a privatizações massivas, como contrapartida dos planos de «resgate». Catastroika evidencia, por exemplo, que o endividamento consiste numa estratégia para suspender a democracia e implementar medidas que nunca nenhum regime democrático ousou sequer propor antes de serem testadas nas ditaduras do Chile e da Turquia. O objectivo é a transferência para mãos privadas da riqueza gerada, ao longo dos tempos, pelos cidadãos. Nada disto seria possível, num país democrático, sem a implementação de medidas de austeridade que deixem a economia refém dos mecanismos da especulação e da chantagem — o que implica, como se está a ver na Grécia, o total aniquilamento das estruturas basilares da sociedade, nomeadamente as que garantem a sustentabilidade, a coesão social e níveis de vida condignos.
Se a Grécia é o melhor exemplo da relação entre a dividocracia e a catastroika, ela é também, nestes dias, a prova de que as pessoas não abdicaram da responsabilidade de exigir um futuro. Cá e lá, é importante saber o que está em jogo — e Catastroika rompe com o discurso hegemónico omnipresente nos media convencionais, tornando bem claro que o desafio que temos pela frente é optar entre a luta ou a barbárie.
A final da Taça de Portugal acaba de ser disputada por dois (dos cinco) clubes do meu coração: Sporting e Académica de Coimbra.
Os outros três são: Sacavenense, Catujalense e Vasco da Gama (Rio de Janeiro).
Apesar de estar emocionalmente dividido, desde o primeiro minuto que estive a torcer pela vitória da Académica.
A instituição Sporting Clube de Portugal não tem culpa, mas... os seus actuais dirigentes, em particular o presidente da direcção Godinho Lopes e o trapaceiro Pereira Cristóvão, não merecem ficar com a Taça de Portugal no seu currículo.
Por tudo isto, na hora desta histórica vitória da minha Académica, só me apetece gritar alto e bom som: Briosa! Briosa! Briosa!
«Durante o ano de 1995, a TVI foi a televisão que mais trabalhou na investigação de Camarate. Entre os vários profissionais, destacou-se o nome de Miguel Ganhão Pereira, que cinco anos mais tarde, acabaria por se suicidar. Foi a 4 de Dezembro, no dia de Camarate. Miguel tinha sido pai recentemente e não parecia dar sinais de que poderia ser capaz de cometer tal acto. Sem especular sobre as circunstâncias do seu desaparecimento, veja-se o que é que ele já sabia 15 anos depois de Camarate. Nessa altura, a TVI divulgou uma primeira confissão de Farinha Simões onde este já falava no nome do major Canto e Castro. Miguel Ganhão Pereira relacionou depois os militares com Camarate e o tráfico de armas durante a guerra Irão-Iraque. Constate-se ainda que o então Presidente da Assembleia-Geral da ONU, Freitas do Amaral, ao contrário do jornalista da TVI, não achava ainda oportuno dizer publicamente o que diz hoje, ou seja, que suspeitava que o negócio do tráfico de armas para a guerra Irão-Iraque estaria por detrás do atentado de Camarate.»
«Em Abril de 1995, quando José Esteves foi testemunhar perante a V Comissão de Camarate, afirmou que fora aliciado com 80 mil contos - 400 mil euros em números actuais - para incriminar o general Ramalho Eanes. De acordo com o suspeito do fabrico da bomba que, a 4 de Dezembro de 1980, derrubou o Cesnna onde seguiam, entre outros, o primeiro-ministro Sá Carneiro e o ministro da Defesa, Adelino Amaro da Costa, a oferta terá sido feita pelo seu antigo patrão, Francisco Pessoa, que afirmou estar a agir em nome de um grupo de pessoas que incluía o cartoonista e principal defensor da tese de atentado, Augusto Cid. À saída da audiência, e numa atitude até então inédita, visto que a comissão funcionava à porta fechada e estava obrigada ao segredo de Justiça, Augusto Cid anunciou aos jornalistas que iria processar José Esteves, tendo acrescentado que, por terem sido ainda mencionados os nomes de Francisco Pinto Balsemão e Freitas do Amaral como sendo amigos de Francisco Pessoa, estes estariam igualmente na lista dos suspeitos da tentativa de aliciamento a José Esteves. O advogado de José Esteves, Rui Santana, esclareceu depois os jornalista que eram falsas as declarações de Augusto Cid, pois o seu cliente nunca dissera que o ex-primeiro-ministro Pinto Balsemão e o ex-ministro da Defesa, Freitas do Amaral, constariam do grupo que o tentara aliciar. Mais tarde, durante as investigações da TVI, foram revelados documentos de movimentos bancários de José Esteves, através de uma conta sua em Espanha, onde teria cerca de 60 mil contos - 300 mil euros. Para além desta violação do sigilo bancário, a TVI revelou ainda, em notícia de abertura do "Novo Jornal", os passaportes angolanos e portugueses de José Esteves e mostrou documentos de identificação para circulação no aeroporto de Lisboa, em 1990, altura em que José Esteves poderia ter tido acesso directo ao local onde estavam depositados os destroços do Cessna de Camarate.»
«Uma jornalista do PÚBLICO que tem acompanhado o caso das secretas foi alvo de uma pressão por parte do ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, que a direcção do PÚBLICO considerou inaceitável e que motivou um protesto da direcção do jornal, apresentado esta sexta-feira pela directora do PÚBLICO, Bárbara Reis. O ministro pediu em seguida desculpa ao jornal.
Num telefonema à editora de política do jornal, na quarta-feira, Miguel Relvas ameaçou fazer um blackout noticioso do Governo contra o jornal e divulgar detalhes da vida privada da jornalista Maria José Oliveira, de quem tinha recebido nesses dias um conjunto de perguntas relativas a contradições nas declarações que prestara, no dia anterior, na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.
O PÚBLICO perguntou ao ministro Miguel Relvas se apagara as mensagens electrónicas que recebera do antigo director do SIED, Silva Carvalho. Perguntou também porque é que tinha dito ter recebido um clipping de uma notícia sobre uma viagem de George W. Bush ao México, uma vez que Bush já não era presidente dos Estados Unidos à data em que o ministro dos Assuntos Parlamentares disse ter conhecido Silva Carvalho (depois de 2010). E ainda por que razão Silva Carvalho lhe enviara um SMS com propostas de nomeações para os serviços secretos e qual a data destas mensagens.
Estes factos tinham sido já noticiados na edição impressa do jornal. A informação nova em relação aos factos já conhecidos era apenas uma: o ministro não aceitou responder.
Por isso, a direcção entendeu que não havia matéria publicável e que o trabalho seria continuado no sentido de procurar novos factos. Essa foi também a avaliação de três editores, do online e do papel, sem terem comunicado entre si, antes de o ministro Miguel Relvas ter telefonado à editora de política.
Até hoje nenhuma notícia sobre o caso das secretas deixou de ser publicada e nenhum facto relevante sobre esta matéria deixou de ser do conhecimento dos leitores. O PÚBLICO tem dado ao tema um destaque particular, com inúmeras manchetes.
Foi no seguimento da investigação jornalística do PÚBLICO que o envio de um e-mail e de SMS de Jorge Silva Carvalho, ex-chefe do SIED, foi conhecido, o que resultou na convocação de Miguel Relvas para prestar esclarecimentos no Parlamento.
A posição do PÚBLICO, ao longo dos anos, tem sido a de não reagir ou denunciar publicamente a ameaças ou pressões feitas a jornalistas. Não se trata de desvalorizar essas pressões. Esta prática foi seguida sempre que estivemos sob fortes pressões, como aconteceu recentemente no caso do Sporting. É devido ao debate público entretanto gerado que a Direcção do jornal faz hoje esta nota.
As excepções à regra de não divulgação das pressões apenas devem ser consideradas quando existam violações da lei. A direcção consultou o advogado do jornal, Francisco Teixeira da Mota, que considerou não ser esse o caso.
«O Conselho de Redação do "Público" acusa o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, de ter ameaçado o jornal - e a jornalista Maria José Oliveira - a não publicar uma notícia sobre o caso das "secretas".
Depois da audição de Relvas na Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, na terça-feira, Maria José Oliveira questionou o ministro sobre uma série de "incongruências" sobre o seu depoimento.
O número 2 do Governo terá contatado a editora de política do "Público" telefonicamente e, de acordo com o comunicado do Conselho de Redação, "terá dito que, se o jornal publicasse a notícia, enviaria uma queixa à ERC, promoveria um black out de todos os ministros em relação ao 'Público' e divulgaria, na Internet, dados da vida privada da jornalista."
Conselho de Redação acusa direção de ter falhado
A direção do jornal foi informada da situação, mas, até à data, não tomou qualquer posição - e não publicou a notícia em questão. A editora de política diz que a decisão da não publicação já teria sido tomada antes das alegadas ameaças de Miguel Relvas. A diretora Bárbara Reis, citada pelo comunicado, esclarece que o assunto tem de ser tratado com calma e não "a quente".
O Conselho de Redação acusa a direção do jornal de ter falhado "ao não repudiar imediata e publicamente a inaceitável atitude de pressão daquele que é considerado o número 2 do Governo da República. O 'Público' não pode nunca aceitar, calado, tal tipo de pressões e é lamentável que o tenha feito."
Os elementos do Conselho de Redação - Bruno Prata, Clara Viana, João D'Espiney, João Ramos de Almeida, Luís Francisco, Luís Miguel Queirós, Ricardo Garcia e Rita Siza - dizem que irão "estudar o caso com o advogado do jornal e com o Sindicato dos Jornalistas para definir acções futuras junto das entidades competentes."»
«O ex-líder parlamentar do PSD deixou, esta sexta-feira, de estar em prisão
preventiva e vai ficar em casa com pulseira eletrónica a aguardar julgamento.»
Desemprego em
Portugal com novo máximo histórico, nos 14,9%
A taxa de desemprego portuguesa atingiu os 14,9% da população ativa no primeiro
trimestre de 2012, o nível mais alto de sempre, segundo dados hoje divulgados
pelo Instituto Nacional de Estatística.
Esta taxa equivale a 819,3 mil trabalhadores no desemprego - mais 48,3 mil
pessoas que no trimestre anterior, e mais 130,4 mil pessoas do que no primeiro
trimestre de 2011.
«O Produto Interno Bruto, a riqueza produzida, de Portugal diminuiu 2,2% nos
primeiros três meses de 2012, por comparação com o mesmo período de 2011.»
«O motivo apontado pela Casa Real quando anunciou que os reis não iriam celebrar
oficialmente as suas bodas de ouro não convenceu: porque calhava numa ponte. O
mesmo não sucedeu em 1987, quando o rei Juan Carlos I e Sofia da Grécia
cumpriram 25 anos de vida em comum: organizaram um jantar familiar e deixaram-se
fotografar juntos nos jardins da Zarzuela.»
Manuel Villaverde Cabral em entrevista onde acrescenta "a única coisa boa na actual situação política é que a troika governa". Jornal de Negócios, 11/05/2012, reproduzido no Expresso online . .
«1995, a ex-secretária do primeiro-ministro Sá Carneiro, Conceição Monteiro, deu uma entrevista à TVI onde explicou a sua versão sobre Camarate. Afirmou que sempre pensou que, a ter havido atentado, este seria contra o ministro da Defesa, Adelino Amaro da Costa, e não contra Sá Carneiro. Segundo a ex-secretária, a decisão de Sá Carneiro de voar no Cessna foi tomada em cima da hora, após uma conversa com Adelino Amaro da Costa. Este último é que estaria previsto, desde o início, para viajar naquele avião pelo que não parecia possível a Conceição Monteiro que se pudesse planear, em tão pouco tempo, um atentado contra o primeiro-ministro. Questionada sobre a existência de um segundo avião que teria vindo do Porto para transportar o primeiro-ministro para o comício, Conceição Monteiro garantiu que esse aparelho nunca chegou a Lisboa, pois ela própria telefonou para o Porto a cancelar o voo após a combinação entre Sá Carneiro e Amaro da Costa. Conceição Monteiro, ao mostrar-se convicta do que disse e ao não explicitar as declarações que prestara à Polícia Judiciária, acabou assim por criar na Opinião Pública a ideia de que Sá Carneiro embarcou à última hora no Cessna fatídico, prescindindo ainda dos bilhetes que estavam reservados para a TAP. No entanto, a ida para o Porto estava prevista desde o dia 1, três dias antes, sendo que a viagem sempre esteve prevista para ser feita a bordo de um avião privado, daí o facto de ter sido feito o pedido de um avião no Porto, o que ficou decidido no dia anterior, 3 de Dezembro. As reservas no voo TAP só deveriam ser usadas caso fizesse mau tempo e o avião privado não tivesse autorização de voo. Ao cancelar o avião do Porto, Conceição Monteiro selou o destino de Sá Carneiro e esclareça-se que, de facto, esse avião chegou a vir do Porto e estava estacionado no aeroporto de Lisboa ao lado do Cessna que viria a cair. Contudo, o piloto foi dispensado às 18 horas quando chegou ao aeroporto e, deste modo, Sá Carneiro, mesmo que quisesse, não teria podia viajar nesse segundo aparelho. Ainda hoje muitas pessoas estão convencidas de que não houve atentado contra Sá Carneiro porque não havia tempo para o preparar»
«Emídio Rangel foi condenado esta segunda-feira por dois crimes de ofensa a pessoa coletiva num processo em que foi acusado de difamação por acusar juízes e magistrados do Ministério Público de violarem o segredo de Justiça.»
«O socialista François Hollande foi eleito presidente da França ao obter neste domingo entre 52 e 53,3% dos votos no segundo turno das eleições presidenciais, segundo as estimativas de quatro institutos de pesquisa.
De acordo com os institutos CSA, TNS Sofres e Ipsos, o candidato socialista obteve 52% dos votos, frente a 48% de seu adversário, o presidente conservador Nicolas Sarkozy. As estimativas do instituto Harris Interactive oscilam entre 52,7 e 53,3% a favor de Hollande.»
Durante o voo, Yves Rossy, de 52 anos, conhecido como homem a jacto, passou perto da estátua do Cristo Redentor, tendo aterrado de pára-quedas na praia de Copacabana. Depois de ter saltado de um helicóptero, esteve quatro segundos em queda livre, antes de ligar os propulsores da asa que o fizeram voar durante 11 minutos.
Depois da missa de ontem o meu coração serenou. Fiz tudo quanto o Miguel pediu antes de morrer. Acabei como devia, entregando-o nas mãos de quem mo emprestou. Amanhã ele faria 54 anos.
Hoje recomecei, mansinho, a trabalhar. Como ele desejaria. Mais uma vez em sua homenagem. Aquela que só uma mãe pode dar.
Porque a vida continua e, felizmente, ainda tenho vivos de quem me ocupar.»
Texto de Helena Sacadura Cabral in fio de prumo, 30-4-2012