Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

quinta-feira, 6 de março de 2014

Um dia difícil para os profissionais das Forças e Serviços de Segurança de Portugal


Na manifestação marcada para hoje à tarde, em Lisboa, estes profissionais terão pela frente o grande dilema de escolher um de dois desfechos:

1 – Ou voltam a subir a escadaria da Assembleia da República, enfrentando o dispositivo policial - desta vez já reforçado como anunciado pelo MAI e Direcção Nacional da PSP - e fazendo isso, as consequências são de resultado imprevisível para as pessoas ali envolvidas; sendo certo que o Ministro cairá se isso acontecer.

2 – Ou fazem uma manifestação enquadrada na ‘normalidade estabelecida’, mas ficam com a sua posição fragilizada em relação a 21 de Novembro de 2013, e consequentemente reféns do Governo que não deixará de considerar que o “rebanho” recuou e já está devidamente domesticado.

Como homem que em tempos idos andou a "farejar" os corredores do poder, considero que a hipótese Primeira é a melhor garantia para estes profissionais passarem a ser devidamente respeitados pelo poder politico.

Além disso, não acredito que a Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança - da qual fiz parte, na sua origem, há 14 anos, enquanto presidente da direcção da ANGN – queira recuar na posição conseguida a 21-11-2013. Quando se faz uma manifestação é para avançar, não para recuar.

Importa também ter em conta que a subida da escadaria da AR é um acto simbólico, uma vez que qualquer cidadão ou cidadãos o podem fazer em dias de não manifestação. Se estivéssemos na presença de uma eventual invasão ao interior da sede de um órgão de soberania ou outro, naturalmente que a coisa tinha outras implicações.

Boa sorte para os homens e mulheres envolvidos nesta jornada de luta.

Um abraço de solidariedade para todos!

Alberto João

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"Horta do Zorate" é um blogue pessoal, editado por Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo, fazedor desencostado, em autoconstrução desde 1958.