Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

domingo, 13 de outubro de 2019

E SE ESTA NOITE EU FOSSE TER CONTIGO?




Se esta noite eu fosse vento
Vento suave, uma brisa
Em febricitante movimento
Numa viagem bem concisa
Desnudado partiria ao relento

Se esta noite eu fosse lua
Em breve estaria presente
Com minha alma nua
Viajava rápido e docemente
Faria minha vontade tua

Se esta noite eu fosse raio
Intenso com radiante luz
Sem fraqueza ou desvaio
Ao amor faria o maior jus
Imponente, sem ensaio

Se esta noite eu fosse paixão
Com entrega bem ardente
Em ti tocaria a minha mão
Sentiria ser gente
Gente que diz não à solidão

Se esta noite eu fosse omnipresente
Faria dela uma noite de amor
Com meus dedos paulatinamente
Do teu corpo expulsaria a dor
A jovens voltaríamos, certamente

Pesado será o castigo
Marcante da minha vida
Se não fores feliz comigo
Meu amor, minha querida
E se esta noite eu fosse ter contigo?


Alberto João, Muge, 13 de maio de 2019,
in blogue 'poeta e louco um pouco'.

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.