Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

sábado, 3 de agosto de 2024

Castro de Santo Ovídio (Fafe)



O Povoado Castrejo de Santo Ovídio localiza-se a cerca de um quilómetro do centro da cidade de Fafe, no lugar com a mesma designação, onde se ergue uma elevação com uma altitude máxima de 332 metros.

O promontório destaca-se no vale do rio Vizela, que corre perto do sopé da vertente oeste deste monte encimado por uma capela dedicada a Santo Ovídio.

O Castro foi dado a conhecer no último quartel do século XIX, quando a construção da escadaria de acesso à capela deu a conhecer a estátua de um Guerreiro Galaico, adquirida pelo arqueólogo Martins Sarmento em 1876.




O sítio arqueológico ficou esquecido até ser redescoberto em 1979 quando uma escavadora rasgou a base da vertente leste do outeiro, trazendo à luz do dia vestígios evidentes de uma remota ocupação humana.

O Município de Fafe, em parceria com a Universidade do Minho, patrocinou campanhas de escavação arqueológica de 1980 a 1985, que produziram espólio significante de grande valor científico.

Numa área intervencionada com 600 m2, foi descoberto e estudado um notável conjunto de ruínas que levariam à classificação do povoado como Imóvel de Interesse Público em 1980.




Embora não se tenham realizado estudos mais pormenorizados em plataformas mais elevadas, é muito provável que a génese do povoado tenha ocorrido no decurso da segunda metade do 1º milénio a.C.

As ruínas percetíveis correspondem à última fase de ocupação do povoado, entre finais do séc. I a.C. e o séc. I.

Uma rua com pavimento lajeado dá acesso a uma zona habitacional onde coexistem habitações de tradição indígena (planta circular) e de influência romana (planta rectangular).

Podem ainda observar-se pequenas áreas exteriores lajeadas, sulcos abertos em solo granítico para drenagem pluvial, muros de suporte delimitadores do bairro e fossas detríticas.




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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.