Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

D. Leonor de Lencastre




 D. Leonor de Lencastre (1458 - 1525), era a terceira filha do infante D. Fernando, filho do rei D. Duarte I; era, portanto, prima co-irmã do rei D. João II, seu marido.

O casamento realizou-se em Setúbal, sendo ainda infante o noivo, no dia 22 de Janeiro de 1471; D. Leonor não tinha ainda completado treze anos de idade e D. João pouco mais tinha que quinze anos.
Distinguiu-se no campo da assistência, dispensando uma acção exemplar na criação do primeiro hospital termal nas Caldas da Rainha e, também, a Misericórdia de Lisboa, instituição que se estendeu a todo o país, a que se aliaram iniciativas quer culturais, como a dispensada a Gil Vicente, pai do teatro Português, e que por instâncias da rainha terá construído a magnífica Custódia de Belém, bem como a Damião de Góis.
Também protegeu as artes e a imprensa, que introduziu em Portugal.
Mandou construir o Paço de Xabregas, onde se situa actualmente a Casa Pia, as Capelas Imperfeitas, no Mosteiro da Batalha, para receberem os túmulos de D. Afonso V, D. João II, seu marido e D. Afonso de Portugal, seu filho.
Fundou também os conventos da Madre de Deus e da Anunciada.
Nas palavras de Frei Jorge de São Paulo, provedor do Hospital das Caldas, “foi a mais perfeita rainha que nasceu no reino de Portugal”.
(Imagem: D. Leonor de Lencastre, retrato pintado por José Malhoa)

Sem comentários:

Contador, desde 2008:

Localizador, desde 2010:

Acerca de mim

A minha foto
"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.