Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Se eu não voltar aqui


Se eu não voltar
aqui
morri
a amar
Se eu aqui
não voltar
morri
ali
a sexuar






Texto de Alberto João Catujaleno, 
Ribatejo, 29 de Abril de 2015

sábado, 25 de abril de 2015

Comunicado do Movimento das Forças Armadas no dia 25 de Abril de 1974





Pode ouvir este vídeo no canal 23 84 18 do MEO


José Fanha - 'Eu Sou Português Aqui' - Homenagem a Salgueiro Maia, um dos heróis do 25 de Abril de 1974




Pode ver este vídeo no canal 23 84 18 do MEO



Eu Sou Português Aqui

Eu sou português
aqui
em terra e fome talhado
feito de barro e carvão
rasgado pelo vento norte
amante certo da morte
no silêncio da agressão.
Eu sou português
aqui
mas nascido deste lado
do lado de cá da vida
do lado do sofrimento
da miséria repetida
do pé descalço
do vento.
Nasci
deste lado da cidade
nesta margem
no meio da tempestade
durante o reino do medo.
Sempre a apostar na viagem
quando os frutos amargavam
e o luar sabia a azedo.
Eu sou português
aqui
no teatro mentiroso
mas afinal verdadeiro
na finta fácil
no gozo
no sorriso doloroso
no gingar dum marinheiro.
Nasci
deste lado da ternura
do coração esfarrapado
eu sou filho da aventura
da anedota
do acaso
campeão do improviso,
trago as mãos sujas do sangue
que empapa a terra que piso.
Eu sou português
aqui
na brilhantina em que embrulho,
do alto da minha esquina
a conversa e a borrasca
eu sou filho do sarilho
do gesto desmesurado
nos cordéis do desenrasca.
Nasci
aqui
no mês de Abril
quando esqueci toda a saudade
e comecei a inventar
em cada gesto
a liberdade.
Nasci
aqui
ao pé do mar
duma garganta magoada no cantar.
Eu sou a festa
inacabada
quase ausente
eu sou a briga
a luta antiga
renovada
ainda urgente.
Eu sou português
aqui
o português sem mestre
mas com jeito.
Eu sou português
aqui
e trago o mês de Abril
a voar
dentro do peito.


Poesia in 'Eu sou português aqui' - Obras de José Fanha - Ulmeiro – 1995

Zeca Afonso - 'Grândola, Vila Morena', segunda senha de sinalização da Revolução de 25 de Abril de 1974



'Grândola, Vila Morena', canção composta e cantada por Zeca Afonso, foi escolhida pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) para ser a segunda senha de sinalização da Revolução dos Cravos. A canção refere-se à fraternidade entre o povo de Grândola, vila do Alentejo. Às zero horas e vinte minutos do dia 25 de Abril de 1974, a canção foi transmitida pelo programa independente 'Limite' através da Rádio Renascença como sinal para confirmar o início da revolução. Também por esse motivo, transformou-se em símbolo da revolução, assim como do início da democracia em Portugal.






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Paulo de Carvalho - 'E Depois do Adeus', primeira senha da revolução de 25 de Abril de 1974



"E Depois do Adeus" foi a canção que serviu de primeira senha à revolução de 25 de Abril de 1974. 
Com a transmissão de "E Depois do Adeus", pelos Emissores Associados de Lisboa às 22h55m do dia 24 de Abril de 1974, era dada a ordem para as tropas se prepararem e estarem a postos.
Com letra de José Niza e música de José Calvário, a canção foi escrita para ser interpretada por Paulo de Carvalho na 12.ª edição do Festival RTP da Canção, do qual sairia vencedora.





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quarta-feira, 22 de abril de 2015

Dia Mundial da Terra



Hoje e Todos os outros 364 dias do ano, o destino do planeta Terra está nas nossas mãos.





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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.