“Nunca em nenhum país ouvi apelo mais melancólico, mais dilacerante, que o do amolador de Lisboa.
Anuncia a sua passagem tirando de uma flauta de pã alguns sons de uma tristeza perturbadora, longos, incertos e subitamente abafados num apelo agudo como uma canção ferida.
Este bonito retrato do amolador lisboeta- ofício de afiar as lâminas de facas, tesouras, navalhas e cutelos - foi escrito por Mircea Eliade, historiador e romancista romeno, que trabalhou, como adido cultural durante a II Guerra Mundial, na delegação diplomática romena em Portugal.
( Mário Pinto | Arquivo Municipal de Lisboa)
Texto in "O Bosque Proibido"
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