Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

terça-feira, 5 de novembro de 2024

Palavras ou Frases ditas no Ribatejo: Erra, Coruche, Santarém



 

- Ó Mariana tu amanhãe vais ó balho?!
- Vô, Vô ó Xico! Mais tu vê lá cmé que te comportas! Olha quê na quero dar que falar!
- Atão cmé quê hei de comportar?!!! É quero é balhar cuntigo e vê lá se na dás munta confiença ós ôtros!
- Que conversa é essa, ó Xico?!!! Sabes bem quê sô uma rapariga séira e já tô há munta tempo à espera que tu vás falar cu mê pai.
- Atão diz lá a ele, quê vô lá hoje à noite falar cum ele! Se quero um beijo tenho que tu róbar, se quero namorar é as escondidas, ando sempre à tu precura e tu sempre arrediça!
- Ó Xico, tu sabes quê só tenho olhos pra ti, mais tens qu'ir falar cu mê pai!
- É já hoje punhais! Há fé de quem sô!
(Texto de Isabel Gonçalves, Rancho Folclórico da Erra, Coruche)

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.