Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

sábado, 13 de fevereiro de 2021

Ramalho Eanes: "Se não fosse o império, seríamos uma Catalunha"

«O desrespeito desta esquerda festiva em relação ao passado do país é uma atitude indesejável» – disse Ramalho Eanes ao Nascer do SOL, a propósito da polémica sobre a remoção dos brasões da Praça do Império, em Belém. O ex-Presidente da República acrescentou que essa «esquerda nova», mesmo quando sabe de História, «não conhece a História».


 

Afirmando que é preciso analisar cada época e cada acontecimento no seu contexto, Eanes adiantou que foi o Império que nos garantiu a soberania. «Sem império dificilmente teríamos mantido a independência em certas épocas. Seríamos uma Catalunha ‘menos’. O império fez com que conseguíssemos manter-nos soberanos nos momentos mais difíceis».

Para o ex-Presidente da República, que esteve em África, na guerra colonial, mas depois participou no 25 de Abril e foi um dos ‘heróis’ do 25 de Novembro, «o que caracteriza um povo é a sua personalidade, a sua unidade e a sua continuidade, tanto nas coisas boas como nas coisas más». E, assim, a sua obrigação em cada momento é «respeitar essa personalidade, manter a sua memória coletiva e garantir a continuidade, permitindo que ela se mantenha ao longo da História».

E reforçou esta ideia: «Acabar com a memória do passado não é correto, é desnecessário e é indesejável». Nesta medida, é abertamente a favor da conservação dos brasões e contra a sua remoção.

Fonte: Nascer do SOL

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.