Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Galaico-Português


- Trajes típicos da Galiza em princípios do século XX -
 

No passado, o Norte de Portugal e a Galiza partilhavam a mesma língua, o galaico-português.
Com o tempo, o português foi-se tornando autónomo, mas algumas influências do galego ficaram.
Uma delas foi a forma como se pronunciam as consoantes, explicando, em parte, a troca dos “v’s” pelos “b’s” que ainda se ouve no Norte do país.
Existe um nome específico para esta particularidade: chama-se betacismo.
Segundo o dicionário Priberam da Língua Portuguesa, o betacismo refere-se à mudança de som em que o [v] é substituído pelo som [b] ou vice-versa.
Um exemplo clássico é a pronúncia de “binho” em vez de “vinho”.
Este fenómeno tem raízes profundas na evolução da língua portuguesa.
Hoje em dia, o betacismo é mais do que uma caraterística fonética; é um traço cultural e identitário.
Os nortenhos, especialmente os portuenses, têm orgulho desta particularidade, que os distingue do resto do país.
É algo que faz parte da forma de ser e de falar das pessoas da região, contribuindo para a sua singularidade e encanto.
Assim, desde Viana do Castelo a Coimbra, passando por cidades como Vila Real, Bragança e Viseu, quem comunica com alguém do Norte não consegue ignorar esta forma distinta de falar.
É uma marca da região, que reflete, não só a sua forma de comunicar, mas também a sua forma única de estar na vida.
(Fonte: Ncultura)

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.